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O proprietário é o Solimar, ex-jogador que já atuou pelos três grandes da Cidade: Ceará, Fortaleza e Ferroviário. De chuteiras penduradas, ele decidiu colocar o avental de churrasqueiro e montar um cantinho que relembrasse as coisas do Pampas. À frente do Tronco do Gaúcho, ele comanda um pequeno - mas muito agradável - restaurante especializado em algumas das melhores tradições meridionais da nossa cozinha.
Não tinha como dar errado. Uma esquina pacata e ventilada no coração do José Bonifácio -bairro que integra, digamos, o grande Bairro de Fátima -, atendimento marcando colado, cerveja desavergonhadamente gelada e uma comida de entornar a preguiça da sesta de domingo (embora o restaurante também funcione outros dias da semana). E, por fim, o olho do dono, cuidando da paz no ambiente. Entre outras precauções, Solimar não liga as televisões do local em horário de jogos dos times locais, pra evitar confusão com a clientela, de perfil mais família. Futebol, ali, só nas memórias do ex-volante ou como mote para aquecimento regado a cerveja em dias de jogos.
No cardápio, o carro-chefe é a costela bovina desossada (a costela de banguela), que levou o segundo lugar do prêmio Comida di Boteco do ano passado -a edição deste ano, do prêmio, aliás, começa hoje em Fortaleza. Mas há uma variedade interessante de lingüiças, churrascos variados, costelas e petiscos que fazem o bar valer a pena.
RADIOLA DE FICHA
Os irmãos
Kleiton & Kledir lideraram o grupo Almôndegas, nos anos 70. A mistura entre tradições gaúchas e música pop rendeu algum sucesso
COMIDA DI BUTECO
A edição 2013 do evento começa hoje em Fortaleza. Ano passado, o Tronco do Gaúcho ficou em 2º lugar
Serviço
Tronco do Gaúcho
Onde: R. Alto Santo, 12, José Bonifácio.Horário de funcionamento: de terça a sexta, das 17h30 até 0h. Sábado, a partir das 11h; domingo, das 11h às 17h
Outras informações: (85) 3065.0390.Não possui espaço infantil
Estacionamento sem manobristaNão possui área para fumantes
BREVIÁRIO BOÊMIO
AUGUSTO DOS ANJOS
Cantas, soluças, bandolim do Fado
E de saudade o peito meu transbordas;Choras, e eu julgo que nas tuas cordas
Choram todas as cordas do Passado!Guardas a alma talvez d’um desgraçado,
Um dia morto da Ilusão às bordas,
Tanto que cantas, e ilusões acordas,Tanto que gemes, bandolim do Fado.
Quando alta noite, a lua é triste e calma,
Teu canto, vindo de profundas fráguas,É como as nênias do Coveiro d’alma!
Tudo eterizas num coral de endechas...
E vais aos poucos soluçando mágoas,E vais aos poucos soluçando queixas!
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