31/07/2016

O que faz bem ao Coração

Principal causa de morte no mundo, as doenças cardíacas são silenciosas e, por isso mesmo, exigem cuidados
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Rômulo Costa

ENVIADO A SÃO PAULO

romulocosta@opovo.com.br


As doenças do coração são a principal causa de morte no mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Elas são silenciosas. Geralmente, não apresentam sintomas a ponto de o paciente ficar alerta sobre a sua condição antes de sofrer algum evento, como infarto, acidente vascular cerebral (AVC) ou insuficiência cardíaca. O olhar atento ao corpo, por meio de exames periódicos, é o que pode chamar atenção sobre os riscos.


 

No Brasil, a situação não é diferente. As doenças do coração são a principal causa de morte no País, fazendo mais vítimas que o câncer. Em 2013, 339 mil pessoas morreram em decorrência de complicações cardiovasculares. A incidência é tão alta que, hoje, o Brasil está entre os dez países do mundo com o maior índice de óbitos por eventos cardiovasculares.


A situação do Ceará também é grave. De todas as mortes no País em 2013 por doenças no aparelho circulatório, 13.725 ocorreram em território cearense. Com esse número, o Ceará é o oitavo estado brasileiro que mais registrou mortes por doenças como AVC, infarto e insuficiência cardíaca. É o terceiro estado do Nordeste com mais registros, perdendo apenas para Bahia (19.519) e Pernambuco (17.228).


“Até 40 anos atrás, o brasileiro morria por doenças infecciosas, parto e mortalidade infantil. A gente conseguiu sair dessa fase, agora a gente vive mais. Mas o jeito que a gente vive não é saudável”, esclarece a cardiologista Fernanda Colombo, do Instituto do Coração (InCor) da Universidade de São Paulo (USP).


As doenças cardiovasculares estão associadas a fatores de riscos que incluem obesidade, diabetes e hipertensão. Segundo a médica, o descuido com esses fatores reverbera diretamente na saúde do coração. “Os países europeus tinham taxas de mortalidade altíssimas por isso, mas eles perceberam e estão vivendo de forma mais saudável. É esse modo de vida que a gente tem que aprender a usar de agora em diante”, defende.


Mas esse aprendizado pressupõe mudança no estilo de vida, o que não é fácil, de acordo com Ieda Jateni, coordenador de cardiopatia congênita do Hospital do Coração (HCor), de São Paulo. Segundo ela, as transformações devem começar ainda na infância. “Se nós conseguirmos incutir nas crianças a importância da alimentação saudável, da atividade física, de não fumar, elas passam a vigiar seus pais e se tornam agentes multiplicadores. Mas isso ainda é muito difícil”, argumenta.


Os fatores de risco que ampliam as chances de doenças cardiovasculares, os altos índices de mortalidade e os desafios para o tratamento das doenças do coração foram temas discutidos no 37º Congresso da Sociedade de Cardiologia de São Paulo (Socesp), que ocorreu na capital paulista entre os dias 26 a 28 de maio.


Nesta edição, o Ciência & Saúde repercute os principais assuntos tratados pelos especialistas nesse evento. Entre eles, a interferência dos fatores de risco nas doenças do coração, as novidades do tratamento para diabéticos e repercussão da carga genética nos altos níveis de colesterol.


* O JORNALISTA VIAJOU A CONVITE DO GRUPO SANOFI

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