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Três vezes por semana, no fim da tarde, os trajes de Tarcísio e Terezinha Colares são os tênis, o short, a camiseta e o boné, para ele; e o maiô, a touca e os óculos de natação para ela. E os dois vão caminhando alguns quarteirões até o BNB Clube, na avenida Santos Dumont, na Aldeota. Lá, o marido pratica a musculação e ela, a hidroginástica às segundas, quartas e sextas, religiosamente. Antes disso, no entanto, Tarcísio já completou o expediente: o cotidiano começa às 4 horas da madrugada, no Aeroporto Internacional Pinto
Martins, no trabalho como jornalista. “E ainda tem dias que eu não
consigo alcançá-lo na disposição”, ri-se Terezinha.
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Isso seria uma história comum se Tarcísio já não passasse da hoje chamada 4ª idade: ele tem 84 anos. “É muita energia”, resume Terezinha, 54, bancária aposentada. Para ele, que também é aposentado e não abriu mão de continuar em atividade profissional, não há segredo: boa alimentação, exercícios físicos e, principalmente, o namoro com a esposa são receitas para a disposição na longevidade.
Com Epifânio de Oliveira Filho não é diferente. Aos, 66 anos, ele precisou da aposentadoria para redescobrir a vida. Na mesma época em que disse adeus ao trabalho, ele separou-se do casamento. “Isso estava me causando uma depressão profunda”, relembra. A descoberta do coral do Trabalho Social com Idosos (TSI), do Serviço Social do Comércio (Sesc), o resgatou e trouxe de volta a vontade de viver. Há oito meses ele reaprendeu a fazer amizades, todas no coral. Com cada vez mais amigos, ele hoje emenda o baile de chorinho, às sextas, e dança de salão, periodicamente.
“Com o aumento da expectativa de vida, o idoso ganhou em qualidade de vivência e promoção do envelhecimento ativo. Hoje uma pessoa com 60 anos está com muito mais vigor que uma pessoa de 40 anos da geração passada, há duas décadas”, calcula o geriatra clínico Jarbas Roriz. Professor do curso de Medicina, da Universidade Federal do Ceará (UFC), o médico diz que isso é uma tendência. Na medida em que a expectativa de vida aumenta, afirma, mais as pessoas buscam saúde e bem-estar. “A mudança do comportamento é gradual, mas percebemos nos últimos anos um aumento maior na disposição dos idosos”.
O Ciência & Saúde deste domingo conta histórias de idosos que vivenciam uma nova terceira e até quarta idade. Dialoga, também, sobre as diferenças entre as pessoas que chegaram às seis décadas de vida há 20 anos e as que alcançaram essa idade hoje. Trata, além disso, dos problemas de saúde de uma geração sexualmente ativa, que não foi acostumada a lidar com preservativos. E ensina a vivenciar o envelhecimento com disposição e saúde.
SERVIÇO
O Sesc possui uma intensa programação para idosos, com bailes temáticos, cursos, oficinas.
O Coral do Trabalho Social com Idoso (TSI) funciona às terças e quintas, das 14h às 16 horas, no Sesc Fortaleza (rua Clarindo de Queiroz, 1740). Novas vagas serão abertas no fim deste ano.
Informação: 3452 9086
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