[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] Conviência com o Semiárido: a pesquisa e a falta de incentivo | O POVO
DIA MUNDIAL DA ÁGUA 22/03/2015

Conviência com o Semiárido: a pesquisa e a falta de incentivo

Enquanto a universidade demanda tempo para encontrar soluções acertadas, setor privado necessita de agilidade na formulação de tecnologias
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Existem pesquisas inovadoras, para convivência com o Semiárido, que ficam cerceadas nos armários das universidades. Por falta de interesse privado, ausência de investimentos ou desconhecimento. O problema, conforme explica Marco Aurélio Holanda, vice-diretor do Centro de Tecnologia da UFC, acontece por restrições das duas instituições – setor privado e ensino superior.

“Ainda existe preconceito em setores das duas partes. Há ramificações das universidades contrários à interação direta com as empresas. E, também, setores do mercado que consideram o trabalho de pesquisa desenvolvido pela academia como muito lento. Mas essa é a natureza do estudo científico. Não é uma linha de montagem. Muitos empresários não entendem isso”, argumenta Marco Aurélio.


Existem outros agravantes. Iniciar um estudo, que pode demorar 15 ou 20 anos para ficar pronto, não é garantia de ter uma descoberta científica. Afinal, se houvesse a certeza do resultado, não se caracterizaria como pesquisa, mas como aplicação – defende o coordenador. “A universidade precisa de tempo. Estudar e criar uma tecnologia é uma tarefa de seriedade e responsabilidade”, diz.


Com a ausência de interesse do setor privado, entretanto, a população deixa de ser beneficiada por um equipamento ou serviço. Na falta de recursos financeiros para fabricar determinado produto, as pesquisas acabam guardadas – esperando pelo interesse futuro de alguma empresa.

Cultura do diálogo

Segundo Marizete Dantas de Aquino, professora do Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental (Deha/UFC), o conhecimento produzido pelos mestres e doutores não está sendo aproveitado como poderia. Para ela, a resposta é buscar inspirações em países que adquiriram a cultura de diálogo. “Em outros locais, se as cidades ou os estados apresentam problemas, o governo procura a universidade para produzir soluções. Fornece uma bolsa e financia as teses e as dissertações. Nós não temos essa cultura, mas precisamos”, pontua Aquino.

 

A professora ainda diz que, com a ampla divulgação de pesquisas na internet, esse processo começou a engatinhar para uma mudança. “Os trabalhos ganham mais visibilidade. Não podemos perder as esperanças. Se um aluno de pós-graduação termina um trabalho, sempre vamos incentivar para a pesquisa ser levada até os órgãos públicos. Em algum momento, alguém vai ter interesse”, afirma. (Isabel Costa).

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