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Preparar melhor os profissionais de saúde e evitar o procedimento cirúrgico em mães de primeira viagem são meios de estimular a realização de partos normais e diminuir as taxas de cesárea no Brasil. No País, cerca de 84% partos nos hospitais privados são cesáreos. Enquanto isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a taxa não ultrapasse os 15%.
No País, cerca de 3,5 milhões de mulheres engravidam a cada ano. Destas, 15% estão acima dos 35 anos. Ter médicos, enfermeiros e profissionais capacitados a priorizar o parto normal mesmo em complicações foi um dos objetivos do Congresso Birth Brazil, sediado em Fortaleza nos dias 5 a 7 de março.
Altas taxas de cesárea são uma tendência mundial, e a primeira medida para reverter o quadro é evitar as cirurgias desnecessárias para mulheres que terão o primeiro filho, destaca o médico italiano Gian Carlo Di Renzo, secretário da Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (Figo). Este cuidado ajuda a evitar que a mesma mulher volte ao procedimento cirúrgico.
Outra estratégia é apostar em tecnologia e inovações na sala de parto. O conhecimento científico pode prevenir e lidar com as intercorrências sem indicar a cirurgia, de acordo com Eduardo Fonseca, presidente da Comissão Nacional Especializada em Perinatologia da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). Ele exemplifica que um tumor na garganta do bebê pode ser dimensionado ainda antes do parto, para que a equipe saiba a real necessidade da cesárea.
Exames mais precisos para avaliar contrações, dilatação e trabalho de parto também são defendidos pelos dois médicos, que lançaram no evento o livro “Manual Prático de Ginecologia e Obstetrícia”. A publicação visa ao aperfeiçoamento dos profissionais da saúde da mulher.
O POVO - Por que estimular o parto normal entre mulheres e comunidade médica?
Gian Carlo Di Renzo - Porque há muitos benefícios para a mãe e o bebê. É menos arriscado que a cirurgia. Na segunda cesárea, há maiores chances de problemas relacionados à placenta. E o feto precisa de um tempo para sair. Precisa estar em contato com os micro-organismos da mãe na vagina. Sem este contato, o bebê poderá ter problemas, como asmas e alergias. Está bem claro que fetos nascidos de cesáreas podem ter, primeiramente, problemas respiratórios. Mas podem ter problemas mais tarde também. As comunidades bacterianas recebidas da mãe são importantes para a imunidade. Na cesárea, ele só conhece os microrganismos do hospital, não os da mãe.SAIBA MAIS
Novas ideias
No Congresso Birth Brazil, em Fortaleza, um dispositivo foi apresentado como facilitador de partos normais em situações de emergência. O Odon Device é uma bolsa plástica a ser introduzida no canal vaginal.Conforme demonstrado pelo argentino Jorge Odon, mentor do projeto, a bolsa é inflada manualmente, adere à cabeça do bebê e é puxada aos poucos. Sem machucar ou prejudicar a respiração do feto, ainda realizada via cordão umbilical. O material está em fase de testes e tem apoio da Organização Mundial de Saúde (OMS), com previsão inicial de ser comercializado a partir
de 2019.
SERVIÇO
Manual Prático de Ginecologia e Obstetrícia
Gian Carlo Di Renzo, Sandro Gerli e Eduardo FonsecaEditora: Elsevier
Quanto: R$ 139,00 (384 págs.)
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