Scooby é símbolo contra eutanásia animal
Um dos símbolos da luta de organizações para a liberação do tratamento dos animais, o cachorro Scooby causou comoção em redes sociais após ter sido arrastado por um homem, que pilotava uma moto, até o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), no bairro Aero Rancho, em Campo Grande. A região apresenta uma das incidências da leishmaniose mais altas fora do Nordeste. Apenas em 2011, Mato Grosso do Sul registrou 248 casos da modalidade visceral e 69 casos da modalidade tegumentar.
Na época, o dono de Scooby e o condutor da motocicleta foram indiciados por maus tratos. O caso aconteceu no dia 9 de julho de 2012. Além dos ferimentos causados pela agressão, Scooby foi diagnosticado com leishmaniose. Internautas fizeram campanha para a transferência do cachorro até uma clínica particular. Após autorização da Prefeitura de Campo Grande, o tratamento contra a doença foi iniciado.
Atualmente, Scooby está com uma voluntária da ONG Abrigo dos Bichos e não apresenta mais os sintomas da doença (lesões nas pontas das orelhas e ao redor dos olhos, secreção ocular e perda de pelos). E, até que saia uma decisão sobre o futuro, a guarda provisória do animal pertence à instituição. Segundo a médica veterinária Maíra Kaviski Peixoto, especialista em clínica médica e cirúrgica de pequenos animais e presidente da ONG, sacrificar os cães “não é e nunca foi a melhor solução para o problema, prova disso é que apesar da eutanásia em massa ser praticada como forma de controle da doença, sabe-se que os índices de contaminação nunca diminuíram”.
Para a veterinária, o tratamento é um dos métodos de controle mais eficazes e que pode ser utilizado, pois a administração dos medicamentos “pode fazer a carga parasitária presente no animal cair a ponto de ele deixar de ser um transmissor da leishmaniose”. (Isabel Costa)
Multimídia
Campanha para garantir o tratamento para cães infectados por leishmaniose visceral: www.ocaonaoeovilao.org.br
Página no Facebook faz campanha para o tratamento dos cães: goo.gl/qnAOK
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