Austrália: exemplo de praia segura
Assim como no Brasil, as praias australianas são bastante procuradas pela beleza e por excelentes condições de atividades de lazer no mar. Devido ao grande número de usuários, os riscos são potencializados e o número de resgates do mar é elevado. O primeiro registro de programas relacionados à temática “Segurança de Praias” teve origem na Austrália, ainda em 1907.
Mais recentemente, em 1990, foi observado, em estudo piloto, que os índices de afogamento apresentavam uma forte relação com as mudanças na morfologia da praia, como as praias do litoral cearense. Esse programa tinha como objetivo desenvolver um banco de dados com informações de todas as praias australianas enfocando suas características físicas, facilidades de acesso, usos, registros de resgates, perigos físicos e biológicos e níveis de risco público.
Em 1996, foi desenvolvido um plano de gestão cujo intuito foi de classificar as praias australianas segundo uma escala de risco. O Programa de “Manejo e Segurança de Praias” visava expandir e melhorar a gestão e a segurança em todas as praias do litoral australiano, bem como ajudar outros países a desenvolver programas semelhantes.
Vários estados brasileiros implantaram programas semelhantes a esse, a exemplo de Santa Catarina. No Ceará, apenas o estudo que apresentamos no Ciência & Saúde de hoje foi formulado. “Estamos retomando esse projeto, prevendo a utilização de tecnologias mais modernas”, garante a pesquisadora Lidriana Pinheiro, do Instituto de Ciências do Mar (Labomar), da Universidade Federal do Ceará (UFC).
Segundo ela, os acidentes podem ser evitados se a população e todos os envolvidos com as atividades balneares tiverem acesso às informações e um plano de gestão mais participativo.
As informações são de responsabilidade do autor:
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