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A Justiça do Rio Grande do Sul decidiu soltar ontem os quatro presos acusados pelo incêndio na Boate Kiss, no município de Santa Maria, que causou a morte de 242 pessoas. A decisão foi da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, em Porto Alegre. A tragédia ocorreu a 27 de janeiro passado.
Desde o dia seguinte, estavam presos os sócios da Kiss, Mauro Hoffmann e Elissandro Spohr; além dos membros da banda Gurizada Fandangueira, o vocalista Marcelo Jesus dos Santos e o produtor Luciano Bonilha Leão. Os donos da boate são acusados da instalação de uma espuma inadequada no revestimento da casa noturna e os integrantes da banda por terem usado fogos de artifício que provocaram o incêndio.
Além dos quatro detidos, também se tornaram réus, mas respondem em liberdade, dois bombeiros denunciados por adulterar documentos depois do incêndio: o major Gerson da Rosa Pereira e o sargento Renan Berleze; assim como duas pessoas acusadas de mentir à Polícia durante a investigação, o ex-sócio Elton Uroda e o contador Volmir Panzer.
Faíscas na espuma
Além dos 242 mortos, centenas de sobreviventes ficaram feridos, incluindo cerca de 140 que precisaram ser hospitalizados. O fogo começou por volta das 3 horas, quando integrante da banda, que apresentava um show no local, acendeu artefato pirotécnico.
Faíscas atingiram uma espuma usada como revestimento acústico, que começou a queimar. Uma espessa fumaça preta tomou conta de todo o ambiente da casa noturna em poucos minutos, intoxicando os frequentadores.
Os sobreviventes feridos foram socorridos em hospitais de Santa Maria e Porto Alegre. Santa Maria, cidade-sede de uma universidade federal, no momento do sinistro, a boate registrava frequência primordialmente de jovens. (das agências de notícias)
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Estavam no julgamento familiares de vítimas, que vieram de Santa Maria. O veredicto causou revolta entre os presentes, que chegaram a fazer pequena manifestação na frente do Tribunal de Justiça, em Porto Alegre.
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