Estado de Minas Gerais enfrenta epidemia de dengue
As mortes pela doença já superaram o acumulado do ano passado. Neste ano, foram 28 óbitos em comparação com 18 óbitos em 2012
As notificações de casos de dengue em Minas Gerais neste ano já superaram as ocorrências registradas em 2012. De acordo com o mais recente boletim da Secretaria de Saúde estadual mineira, até o dia 21 deste mês, foram 123.694 ocorrências, sendo que 33 mil já foram confirmados. De janeiro a dezembro de 2012, por outro lado, aconteceram 46.681 notificações, com 22 mil confirmações. Segundo a pasta, o Estado está em período epidêmico de dengue.
O número de óbitos causados pela doença até o dia 21 também já superou o acumulado do ano passado. Neste ano, foram 28 mortes, em comparação com 18 em 2012. A diretora de Vigilância Ambiental da Secretaria, Marcela Lencine Ferraz, argumenta que um aumento dos casos de dengue neste período do ano já era previsto, sobretudo pelas temperaturas mais elevadas, entre outros fatores. No entanto, a pasta não esperava por números tão elevados.
Dos óbitos por dengue registrados no Estado até o dia 21, nove aconteceram em Uberaba, no Triângulo Mineiro. As outras cidades com registros de morte por dengue são Uberlândia, Carangola, Frei Gaspar, Buritizeiro, Ituiutaba, Ipanema, Teófilo Otoni, Pirapetinga, Pirapora, São Geraldo do Baixio, Montes Claros, São João da Ponte, Campos Altos, Contagem e Muriaé.
Em comparação com cinco anos para cá, o número de mortes até o dia 21 só deixou de superar os 12 meses de 2010, quando 106 pessoas faleceram. Naquele ano, foram mais de 268 mil notificações. O quadro de transmissão é mais crítico no município de Veríssimo. Há 491 notificações para população de apenas 3,4 mil habitantes. Já em números absolutos, Uberaba lidera: 8.888 até 21 de março. O principal fator que determinou esse salto foi a introdução, há dois anos, de um sorotipo do vírus, o DEN-4, que não circulava no Estado há 30 anos. (das agências de notícias)
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Para tentar conter a doença, estão sendo distribuídos dois milhões de litros de água sanitária, que funciona como larvicida. Contêineres estão sendo usados para atendimento às vítimas, já que postos de saúde estão lotados.
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