[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive]
Alternativa ecologicamente correta e também uma estratégia de autoconhecimento, o coletor menstrual começou a se popularizar no Brasil recentemente e aos poucos conquista usuárias no Ceará. O ''copinho'' feito de silicone medicinal coleta o sangue da vagina e pode ser usado por até dez anos, dependendo da indicação do fabricante. Além de diminuir o lixo produzido durante a menstruação, ele é a “libertação” das mulheres alérgicas.
É o caso da artesã Bianca Albano, 26 anos, que há seis meses experimentou o coletor menstrual e já indica para todas as amigas. ''Pesquisei por meses as marcas antes de comprar o meu. Inicialmente, minha busca era por causa do meio ambiente, eu já usava absorvente de pano para evitar esse acúmulo de lixo. Acabei me surpreendendo porque [o coletor] é super confortável, eu nem lembro mais que estou menstruada”, diz ela.
De acordo com Bianca, o "copinho" possibilita a conexão das mulheres com a natureza, além de autoconhecimento de sua anatomia. “Algumas meninas tem medo de perder ele dentro, não existe esse perigo, tem que conhecer o próprio corpo. O sangue que fica no copo, que está em pleno vigor por que não entrou em contato com o oxigênio e nem apodreceu, também funciona como fertilizante natural de plantas. Eu já testei em plantas e aconselho muito".
O produto existe desde os anos 1960, custa em média R$ 100 e requer cuidados básicos de higiene, como explica a professora-adjunta do Departamento de Saúde Materno-Infantil da Universidade Federal do Ceará (UFC), Raquel Autran. “Idealmente devem ser trocados a cada 6 horas, mas nos dias de fluxo escasso (dias finais da menstruação) é possível passar mais tempo sem risco aumentado de vazamento ou de infecção”, frisa.
Raquel destaca que o coletor deve ser lavado com água e sabão neutro após cada uso e, após o período menstrual, deve ser fervido. "Até o momento, o coletor parece ser seguro, sim. O receio quanto a risco de infecção ou Síndrome do Cheque Tóxico (apresentado com tampões vaginais em certas circunstâncias) não se evidenciou nos estudos divulgados", cita.
A professora de Yoga Jami Bartelds, 30, outra adepta cearense do ‘’copinho’’, garante que usou seu primeiro coletor por dez anos e, somente neste ano, comprou um novo. “Ele realmente dura dez anos se você sempre lavar, ferver e cuidar direitinho. No primeiro momento, você não sabe colocar direito, é até normal que vaze, mas depois que acostuma você nem lembra”.
Jami, que atualmente também revende o produto em Fortaleza, acredita que a liberdade proporcionada pelo coletor foi além da preocupação com o meio ambiente. “O absorvente polui muito, sempre me incomodei bastante. Com os absorventes internos, apesar da possibilidade de dormir sem calcinha, sempre tinha alguma infecção. Agora tenho mais liberdade, não carrego mais aquele monte de absorvente, é tudo de bom”, diz.
Joziani Beghini, do Ambulatório de Infecções Genitais da Unicamp, alerta que não se deve utilizar o “copinho” para coletar o sangramento de pós-parto e nem para conter corrimentos ou outras secreções vaginais. A contraindicação, de acordo com Raquel, é apenas para as mulheres virgens, mas isso também depende do conceito de cada mulher sobre o que é virgindade.
Para a especialista da UFC, a troca dos absorventes comuns por coletores é "individual". ''Há duas vantagens: ele evita umidade na parte externa da vagina, evitando proliferação de bactérias no local, e é reutilizável, com benefício ambiental importante. A grande resistência ao uso do coletor ao longo dos anos tem sido a necessidade de manipulação vaginal para inserção e retirada’’, completa Raquel .
Os “copinhos” começaram a ser conhecidos no Brasil após a divulgação dos benefícios por blogueiras e comunidades no Facebook, como a “Coletores Brasil” – que contabiliza mais de 42 mil integrantes. O vídeo “Vai de copinho”, de Julia Tolezano, criadora do canal ''Jout Jout, Prazer'', teve mais de 630 visualizações no Youtube.
Veja também
Médico defende 'licença menstrual' no trabalhoErro ao renderizar o portlet: Caixa Jornal De Hoje
Erro: maximum recursion depth exceeded while calling a Python object
Newsletter
São utilidades para enriquecer seu site ou blog por meio de códigos (Tags ou Scripts) que ajudam sua página a ser ainda mais informativa
Escolha o Widget do seu interesseErro ao renderizar o portlet: Barra Sites do Grupo
Erro: <urlopen error [Errno 110] Tempo esgotado para conexão>
Copyright © 1997-2016