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LEIDSCHENDAM, 16 Mai 2012 (AFP) - O ex-presidente da Libéria Charles Taylor, considerado culpado de crimes contra a humanidade e de crimes de guerra em Serra Leoa, acusou nesta quarta-feira a promotoria de ter "comprado testemunhas" perante o Tribunal Especial para Serra Leoa (TSSL).
"Há testemunhas que foram pagas, forçadas e às vezes ameaçadas se não dessem seu testemunho", afirmou Taylor, em uma audiência dedicada à condenação que o TSSL, com sede em Leidschendam, perto de Haia, deve pronunciar contra ele.
Uma condenação a 80 anos de prisão foi requerida pela promotoria contra Taylor, de 64 anos, pelo papel que teve na guerra civil em Serra Leoa entre 1996 e 2002, segundo um documento apresentado no dia 3 de maio perante o tribunal.
Taylor foi considerado no dia 26 de abril "penalmente responsável" por crimes contra a humanidade durante a guerra em Serra Leoa por ter apoiado e armado os rebeldes deste país.
O ex-presidente da Libéria (1997-2003) criou e pôs em andamento uma campanha de terror com o objetivo de controlar Serra Leoa e poder explorar seus diamantes, durante uma guerra civil que deixou 120 mil mortos entre 1991 e 2001.
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