[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] Quando o lixo recicla vidas em comunidades | | O POVO
Cooperativas 12/06/2012 - 12h01

Quando o lixo recicla vidas em comunidades

Projeto da Cagece orienta a população de cidades sobre a importância da reciclagem, assim como, a melhor forma de manusear o material
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Transformar em artesanato um material que iria para a o lixo não é uma tarefa fácil, mas se tornou possível por meio do projeto socioambiental Reciclocidades, da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece). Palestrantes e artesãos orientaram a população sobre a importância da reciclagem, assim como, a melhor forma de manusear o material. No fim desse processo são formadas as cooperativas, que contam com apoio da companhia durante um ano.

O projeto começou em 2009 nas cidades de Jericoacoara, Morrinhos e Fortaleza. A coordenadora do Reciclocidades, Flávia Celedônio, explica que a iniciativa nasceu a partir de projetos que já existiam em áreas atendidas pela companhia. “Quando o ciclo de palestras era finalizado, eram iniciadas oficinas de reciclagem, mas, quando terminavam as oficinas as pessoas não davam continuidade ao trabalho. Foi por isso que criamos parcerias com as prefeituras de algumas cidades e empresas”, explicou a coordenadora.

Comunidades

No município de Morrinhos, a 220 km de Fortaleza,as confecções jogavam fora os restos de tecido que não seriam utilizados nas roupas. Agora, o material tem outro destino, com o grupo Mãos de Fada, que transforma retalhos em almofadas, tapetes epanos de prato e de chão.

Já em Jericoacoara, a matéria-prima da reciclagem é a lona. Com esse material são fabricadas bolsas, nécessaires e até puffs. No bairro Bom Jardim, em Fortaleza, na escola Municipal Edilson Brasil Soares, as “Mulheres Criativas Mãe África” usam a matéria-prima do jornal para produzir cestarias, mandalas eporta-níqueis.
O programa já atendeu 34 cidades do Estado do Ceará, mas, desse número, apenas três grupos produtivos foram formados. As visitas acontecem mensalmente com a Cagece, entretanto o grupo deve realizar encontros semanais entre si.

Participantes
Hedjênia Maria Vieira, 43, conhecida como Nena, no bairro Bom Jardim, é mãe de um casal de crianças. Ela participa do projeto há um ano e, segundo a dona de casa, já faz parte da vida e do orçamento da família. A artesã detalha que as oficinas sobre técnicas de artesanato com o jornal acontecem nas visitas mensais. “Fazemos as folhas de canudos e criamos diversos modelos de objetos”, disse.
Nena lembra que conheceu o Reciclacidades na escola onde o projeto é realizado, sua filha ensaia no local para o coral Natal de Luz, que é realizado todo fim de ano, na Praça do Ferreira, no Centro da cidade.

A renda das peças produzidas nas oficinas complementa o orçamento familiar de Nena, que afirma viver do recurso enviado pelo Bolsa-Família. Quarenta por cento do dinheiro arrecadado com as vendas das peças é destinada a compra de mais material, 60% fica com quem produziu.

Além do reforço financeiro, o projeto ainda estimula a autoestima das participantes com exposições e eventos. “Participamos do primeiro Encontro Nordeste de Arte do Banco do Nordeste e sempre participamos das exposições que a Cagece é convidada. Vendemos nosso material nas exposições e também recebemos encomendas”.

 

Jessika Sisnando

jessikasisando@opovo.com.br

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