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O foco de ação dos países que integram os Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, é modificar os mecanismos de governança global, estabelecendo uma nova agenda internacional. É essa a avaliação do professor do Instituto de Relações Internacionais (iREL) da UnB, Alcides Vaz.
“O que os une é fundamentalmente uma preocupação de natureza política: a reforma dos mecanismos de governança global. Um reposicionamento dentro das estruturas de poder objetivando terem mais influência dentro da formação da agenda internacional”, diz.
Uma das principais ferramentas para garantir essa transformação é a criação de um banco de desenvolvimento e de um fundo de socorro. Ela será, inclusive, o grande acontecimento previsto para a VI Cúpula dos Brics, que acontecerá em Fortaleza nos dias 14 e 15 de julho. Segundo especialistas entrevistados pelo O POVO, a iniciativa deverá atuar como instrumento de aproximação entre os países e contribuirá para a formulação de agendas conjuntas.
O banco deverá ser criado à semelhança do Banco Mundial e terá como objetivo financiar projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável para os países-membros. O seu capital será de US$ 50 bilhões. Já o fundo, que tem inspiração no Fundo Monetário Internacional (FMI), terá como objetivo ajudar os países do grupo em situação de desequilíbrio no balanço de pagamentos e contará com US$ 100 bi de capital.
Segundo Alcides Vaz, as grandes diferenças entre os países, embora limitem a formulação de uma agenda comum, não são obstáculos para que possam trabalhar juntos. Um exemplo disso seria a convergência quanto à criação do banco de desenvolvimento.
“O significado do banco comum de desenvolvimento se desdobra em duas frentes: externa e interna. A externa demonstra que esses países estão buscando opções e criando mecanismos conjuntos que configurem alternativas às instituições internacionais existentes, que refletem a concepção hegemônica norte-americana. A interna consiste em criar coesão e uma articulação em torno de projetos comuns”. Para ele, a criação do banco não será uma “revolução” e não terá uma grande repercussão imediata, mas é um passo importante para dar substância aos Brics.
Os cinco países do grupo possuem cerca de 42% da população mundial, 30% do território e representam aproximadamente 19% do Produto Interno Bruto (PIB) do planeta. Análises de entidades internacionais apontam que, em 2050, o agrupamento terá economia equivalente à dos Estados Unidos e Europa juntos.
Negócios
Para Eduardo Bezerra, superintendente do Centro Internacional de Negócios do Ceará (CIN/CE), o banco será um facilitador, mas negócios são realizados de forma independente. “O que constrói as relações entre os países são as relações econômicas. Essa reunião será mais importante pelo lado privado, que fará negócios, do que pelo lado público”.
Números
50 bi de dólares será o capital do banco que reunirá membros dos Brics
Saiba mais
Segundo Eduardo
Bezerra, superintendente do Centro Internacional de Negócios do Ceará (CIN/CE), o empresário cearense terá uma oportunidade ímpar de aprender como se fazem negócios com os outros países dos Brics. Ele ressalta que o encontro “será um grande curso de capacitação empresarial”.
Para ele, a cúpula tratá duas consequências importantes para o Ceará:
a pauta de exportações do estado se tornará mais diversificada;
o volume das exportações cearenses para os países do grupo irá crescer mais rapidamente do que em relação aos demais blocos.
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