[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] Relação desigual, mas necessária à economia brasileira | O POVO
China e Brasil 11/07/2014

Relação desigual, mas necessária à economia brasileira

Apesar de o Brasil depender basicamente da exportação de matérias primas, a China oferece oportunidades no setor de construção e tecnologia
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Bruno Cabral brunocabral@opovo.com.br
Dilma Rousseff e Xi Jinping, presidente da China
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Maior parceiro comercial do Brasil, a China é, economicamente, o país mais importante dos Brics. Seu Produto Interno Bruto (PIB), segundo maior do mundo, supera o dos demais países do agrupamento somados (Brasil, Rússia, Índia e África do Sul) em quase US$ 2 trilhões. Com mais de 1,3 bilhão de habitantes, o mercado consumidor da China foi o grande responsável pelo crescimento da economia brasileira, e de outros emergentes, na década de 2000.


Com forte demanda por matérias primas, a China tornou-se em 2009 o maior parceiro comercial do Brasil, ultrapassando os Estados Unidos. Enquanto o Brasil exporta basicamente soja e minério de ferro, a China abastece o mercado brasileiro, sobretudo, com produtos industrializados, como eletrônicos. Além disso, a mão de obra abundante e os baixos custos de produção na China têm diminuído a competitividade da indústria brasileira.


“Temos tido muitos problemas com a China em relação a preços. Produtos chineses entram no Brasil com preços muito inferiores aos produtos concorrentes fabricados no País”, diz o professor da pós-graduação do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec-MG), Cláudio Silva de Aguiar, mestre em Comércio Internacional e Administração.


Maior importador de matérias primas do mundo, Aguiar vê a China como um mercado estratégico para as exportações das commodities brasileiras. “Mais de 80% do que exportamos para a China são produtos básicos”, ele diz, ao destacar que neste campo o Brasil apresenta uma vantagem, quanto à oferta, em relação a outros países.


“Mas em relação aos produtos industrializados o Brasil apresenta muita dificuldade para ingressar no mercado desse país asiático. Não creio que isso mude em curto prazo”. Aguiar vê ainda oportunidades para as empresas brasileiras nos setores de tecnologia e de construção, devido ao investimento chinês em infraestrutura.


Economia de mercado

Entretanto, o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, não vê os Brics como um grupo coeso capaz fomentar o comércio entre os dois países. “Não existe sequer acordo tarifário entre os países dos Brics, ao contrário do que se passa na União Europeia ou mesmo no Mercosul. Os Brics são apenas uma união de letras”, ele diz.

 

Para Castro, a China busca cuidar dos próprios interesses. “E em 2016, quando ela for reconhecida pela OMC (Organização Mundial do Comércio) como economia de mercado, ela vai se tornar ainda mais agressiva”.


Aguiar, no entanto, acredita que o reconhecimento da China como economia de mercado poderá, em tese, favorecer o Brasil no que se refere ao câmbio, à redução de subsídios aos produtos chineses exportados ao Brasil e à desregulamentação para o ingresso de produtos e empresas brasileiras em território chinês. “A OMC se baseia em alguns princípios básicos: transparência, não discriminação, comércio justo e livre, entre outros. Isso significa que esse país deverá se adaptar a algumas regras”.


Resumo da cobertura


Brics no O POVO


TERÇA-FEIRA, 8 - O que o Brasil tem a ganhar entre os Brics

A matéria mostra que o Brasil vai ganhar em parcerias devido a aproximação que terá com Rússia, Índia, China e África do Sul.

 

QUARTA-FEIRA, 9 - Banco dos Brics será espelho do FMI

Na publicação, O POVO mostra que o Brasil foi o único a abrir mão de sediar a instituição. Edição também aponta que Brasil e Rússia buscam ter mais voz no mundo.

 

QUINTA-FEIRA, 10 - Índia continua sendo uma incógnita em termos econômicos, já que o governo do primeiro-ministro Narendra Modi assumiu em maio deste ano. Especialistas veem potencial no mercado indiano e vislumbram acordos comerciais favoráveis à economia brasileira.

 

NÚMEROS

 

Exportações do Brasil para China em 2013 US$ 9,582 bilhões


Quanto o Brasil importou da China em 2013 US$ 9,748 bilhões

 

QUEM VEM A FORTALEZA

 

Xi Jinping, presidente da República Popular da China

Nascido em 15 de junho de 1953 em Pequim, Xi Jinping é o principal membro do Secretariado do Partido Comunista Chinês e do Comitê Permanente do Politburo. Filho do político comunista Xi Zhongxun, Xi Jinping começou sua carreira política, na província de Fujian, e assumiu o cargo de presidente em 14 de março de 2013, sucedendo Hu Jintao.

 

Programação do evento

 

VI Cúpula dos Brics no Centro de Eventos


Segunda-feira, 14


14 horas: Reunião de ministros e presidentes de bancos centrais

 

Terça-feira, 15


A partir das 10h: chegada de chefes de estado


Das 10h às 10h30min: Dilma Rousseff cumprimenta chefes de estado


10h30min: primeira cessão de trabalho da cúpula


12h30: foto oficial


Almoço


15h: assinatura de atos, seguidos de discursos dos chefes de estado


16h: show cultural


18h: partida para Brasília


Encontro empresarial dos Brics


Segunda-feira, 14


14h: abertura


Das 14h às 18h20min: foro empresarial


Das 14h às 16h: palestra perspectivas Econômicas Integração Econômica: desafios para o crescimento sustentável


Das 16h15min às 17h30min: palestra: Perspectivas de Integração Comércio, investimento, fluxo de pessoas e regulação


17h45 min: encerramento


> TAGS: brasil brics china
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espaço do leitor
Zé Bob 11/07/2014 12:13
Necessariamente não sei se há vantagem na parceria chinesa que fosse melhor que a americana. Em ambos vendemos matéria prima e compramos industrializadas.
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Comentários
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