O aumento da carga tributária para cobrir o déficit provocado pelo excesso de gastos públicos exige um repensar por parte do governo brasileiro. É o que acredita o economista Eduardo Giannetti da Fonseca, convidado para o 2º dia de palestras no Encontro Nacional da Cadeia do Abastecimento (Enacab 2016), em São Paulo, nesta terça-feira, 9.
Esgotou-se o caminho da acomodação do crescimento do gasto público pelo aumento da carga tributária. Daqui para frente, tem que encontrar outro jeito”.
De acordo com o economista, desde 1988 estados, União e municípios aumentaram sistematicamente a carga tributária no País. “O estado brasileiro arrecada 34% da renda nacional e o governo gasta 10% do PIB a mais do que ele recolhe. A capacidade de investimento caiu pra 2,5% do PIB na média dos últimos 5 anos e o mais gritante é que não atende as necessidades mais elementares, como saúde e educação”, critica.
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Para ele, daqui para frente, o País precisa encontrar uma nova forma de o estado brasileiro “caber no PIB brasileiro”, levando em conta que os gastos ultrapassam o valor esperado.
“Só com previdência são 12% do PIB gastos quando deveríamos estar gastando 6%. Outra conta ‘salgada’ são os juros, que hoje estão em 8% do PIB”, ressalta.
Segundo o economista, o maior teste do governo de Michel Temer será mostrar que tem condição de governo para ajustar as contas públicas do Brasil.
“A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do teto do gasto público em novembro será um divisor de águas no equilíbrio das contas. Porém, só isso não resolve o problema. Outras coisas terão que ser feitas para sustentar esse teto, principalmente a reforma da Previdência”.
O economista crê que a qualificação da nova equipe econômica do presidente em exercício Michel Temer, bem como o pacote de medidas econômicas por ele anunciado, são fatores que permitem enxergar “uma luz no fim do túnel, apesar de nada espetacular”, após o período em que a crise econômica se aprofundou.
Embora tenha feito críticas ao gerenciamento do País pelo governo Dilma Rousseff, ele ressalta que os problemas econômicos não surgiram de uma ação unilateral. “A crise não é resultado apenas do governo Dilma, são problemas que vêm de muito tempo e que o governo dela acelerou”, analisa.
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