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O volume de cerveja comercializada pela Ambev no Brasil recuou 10% no primeiro trimestre de 2016 diante do mesmo período do ano passado, totalizando 19,867 milhões de hectolitros. O resultado mais fraco neste início de ano já era esperado pela companhia e foi antecipado no anúncio do resultado consolidado de 2015, divulgado em fevereiro de 2016.
Ele reflete, principalmente, os efeitos da desaceleração econômica do País e a alta dos impostos estaduais e federais. A necessidade de reajustar os preços para compensar o aumento tributário e a alta da inflação, além do Carnaval antecipado, contribuíram para uma base de comparação mais difícil. Entre janeiro e março, a receita líquida da cervejaria no Brasil somou R$ 6,258 bilhões, queda de 4% frente ao primeiro trimestre de 2015.
No cenário internacional, a empresa obteve um desempenho positivo.Na América Central e Caribe, por exemplo, os investimentos e ativações da companhia, especialmente na República Dominicana, permitiram uma alta de dois dígitos no volume comercializado. Já no Canadá, as vendas cresceram 5,8% em moeda local, impulsionadas pelas recentes aquisições da cervejaria no país. No resultado consolidado, que considera o desempenho da Ambev nos 19 países onde opera, a receita líquida da companhia no primeiro trimestre avançou 2,6% e o Ebitda, 1,1%.
Entre as estratégias, destaca para a ampliação da oferta de garrafas de vidro retornáveis, que ganharam um peso significativo no portfólio da cervejaria. Pelo segundo trimestre consecutivo, o volume de vendas das garrafas retornáveis de 300 ml mais que dobrou nos supermercados.
A Ambev também mantém a aposta em suas plataformas comerciais, que têm conquistado resultados relevantes a cada trimestre. Entre janeiro e março deste ano, o segmento de cervejas premium, por exemplo, voltou a registrar um crescimento de dois dígitos no volume de vendas, liderado, principalmente, pela marca Budweiser.
A categoria near beer, como são chamadas as bebidas produzidas a base de malte, foi outra que apresentou excelente desempenho no período. Com o lançamento da Skol Beats Spirit no final do ano passado, a família Skol Beats mais que dobrou o seu volume na comparação anual. Já a Brahma 0,0% segue como líder entre as cervejas sem álcool, com um avanço de dois dígitos no trimestre.
No segmento de bebidas não alcoólicas, alguns dos principais destaques são: o energético Fusion, que se tornou a segunda marca mais consumida deste tipo de bebida no Brasil; e a consolidação do Guaraná Antarctica na Argentina, lançado naquele país no final de 2015.
Redação O POVO Online
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