Despedida teve Olodum e promessa de unificação
Multidão seguiu grupo baiano entre Estoril e Aterrinho da Praia. Festa teve participação de blocos Unidos da Cachorra e Baqueta. Olodum suspendeu jejum de quatro anos em Fortaleza. Plano da Prefeitura é desaparecer com diferença entre Pré e Carnaval
André Bloc
andrebloc@opovo.com.br
Jéssica Welma
jessicawelma@opovo.com.br
Com direito a resgate de clássicos do axé como “Requebra”, “Nossa Gente” e “Canto ao Pescador”, o grupo baiano Olodum arrastou uma multidão na Rua dos Tabajaras (Praia de Iracema), na despedida do Pré-Carnaval de Fortaleza. O aspecto político foi marcante no último dia: o mesmo prefeito que recebeu críticas públicas por ações ligadas à gestão passada, furou o cordão de isolamento e tocou tambor com os músicos do Olodum.
Entre as atrações convidadas para incrementar os quatro fins de semana de Pré-Carnaval, o Olodum era o de maior apelo popular e até por isso foi o convidado para o último fim de semana; assim, o Ciclo Carnavalesco talvez não se esvaziasse às vésperas do Carnaval. A multidão que seguiu o grupo baiano no trajeto entre o Estoril e o Aterrinho da Praia de Iracema foi um atestado de que o plano foi bem-sucedido.
Os blocos locais também reforçaram a apresentação para se despedir do Pré. O bloco Unidos da Cachorra levou seus integrantes fantasiados para a rua, e o Baqueta apostou em efeitos de pirotecnia para se apresentar aos foliões em frente ao Estoril.
A banda Olodum trouxe uma dezena de integrantes para Fortaleza, onde não tocava há cerca de quatro anos. “O grande segredo é você fazer as coisas com seriedade, com dignidade. O Olodum é uma entidade que sempre acreditou na força e no futuro das pessoas”, destacou o vocalista Lázaro Santos, que acompanha o grupo desde a formação.
Veja vídeo:
Dentro do plano da gestão municipal, a Cidade não deve sentir a mudança entre Pré e Carnaval no próximo fim de semana. De forma a manter a força e popularidade do período que antecede a folia propriamente dita, a Secretaria de Cultura de Fortaleza (Secultfor) segue em esforço para unificar as duas fases da festa no chamado Ciclo Carnavalesco.
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