[an error occurred while processing this directive] À espera da reforma | Coluna Walter Gomes | O POVO Online
o repórter 18/12/2011

À espera da reforma

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Walter Gomes waltergomes@opovo.com.br

Falta pouco para o encerramento do primeiro ano da administração Dilma Rousseff. No período, um dos destaques tem a marca da decepção. Refere-se à série de ilicitudes cometidas por auxiliares herdados do padrinho-antecessor; e, bem recente, denúncia contra políticos que assumiram o poder ao lado da eleita em outubro de 2010. O segundo na ordem de grandeza leva o carimbo da frustração. Trata-se da preservação do ministério paquidérmico no número de pastas e na fragilidade das ações.

Diz-se – e não há base para contraditar – que a Presidente tentou fazer os cortes prometidos. Não conseguiu. Provavelmente, os compromissos de campanha tenham impedido. Fez concessões à esquerda e ao centro. Enfim, os pilares da base parlamentar – PT e PMDB – são famélicos.


Um senador do petismo realista – aliás, duro nas críticas aos equívocos do Palácio do Planalto – disse ao birô da coluna que a senhora Rousseff vai se penitenciar na reforma ministerial. Confessa, entretanto, que ignora os detalhes do projeto, mas confia que “como está não vai ficar”. Ele sente a disposição de Dilma para compor uma equipe “com a cara dela, a dignidade dela”.


Os partidos da coligação governista, sobretudo os fisiológicos – portanto, a maioria –, preocupam-se com os sinais de enxugamento do primeiro escalão. O senador citado acima fecha o comentário sobre o que espera:


“Como Dilma é reservada, não fala além do que convém, acho que a reforma será eficiente. Ninguém pode medir o alcance da mudança, porque não conhece o detalhamento. Só a Presidente saiba o que irá acontecer. Eu acredito nela.”

 

DIRETO DA FONTE


Fernando Pimentel é fustigado por companheiros petistas.


Na maioria, são personagens aparelhados para criar-lhe dificuldades internas e externas.


Entre os críticos – ou desafetos? – do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a turma de São Paulo está na linha de frente. Vai do

presidente nacional do PT, Rui Falcão, ao deputado Ricardo Berzoini, profissional da intriga.

 

O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza, também faz parte do grupo.


Ocorre, no entanto, que Pimentel é protegido de Dilma Rousseff.


ALEGRIA DE VIVER


Em pré-campanha para presidente da República, Aécio Neves visita o país.


Na primeira quinzena deste dezembro foi ao Nordeste. Passou por Recife, Salvador e Natal. Antes, fim de novembro, fora ao Sul: Porto Alegre e Gramado.


Fez contatos com partidos da oposição e da base do governo. Nos passeios pelas ruas, percebeu o quanto precisa aparecer. É pouco conhecido, embora tenha sido deputado-presidente da Câmara, duas vezes governador de Minas Gerais e agora senador aspirante ao Palácio do Planalto.


Aécio, com a imagem de autêntico, assume o lado boêmio. Gosta da noite e de seus complementos. No Brasil, curte baladas no Rio de Janeiro e em São Paulo. No exterior, diverte-se em Nova York e Paris.


Seus dias de recolhimento – ora, a vida não é uma festa permanente – têm como cenário a Fazenda da Mata, propriedade da família Neves. Localiza-se em Cláudio, a 250 quilômetros de Belo Horizonte. Lá, o grão-duque do PSDB divide-se em instantes de reflexão, rodas de viola e bate-papos com peões e gente da redondeza.



A exemplo de Doutor Tancredo, seu avô materno e fundador da Nova República, nesses intervalos lúdicos, Aécio aprecia uma dose de Mathusalém, cachaça artesanal produzida na região.

 

APERTO DO CINTO


Guido Mantega diz que não briga com os fatos.

 

Por isso, caso haja necessidade, o governo adotará medidas “que o manual da prudência nos ensina” para evitar que o Brasil seja prejudicado “pelos reflexos da crise financeira internacional, mormente na Europa”.


Dias 19 e 20, em Montevidéu (Uruguai), Mantega participa da reunião de ministros da Fazenda do Mercosul.

 

SUJO FICA FORA


Adiada para o próximo ano a decisão do Supremo sobre a Ficha Limpa.

 

Por enquanto, a ata registra dois votos a favor da lei.

 

Pronunciaram-se pela validade para as próximas eleições os ministros Joaquim Barbosa e Luiz Fux. A tendência é a rejeição ao registro de candidatos maculados.


No reinício dos trabalhos da Corte, em fevereiro, o pleno estará completo. Significa que se exclui a possibilidade de empate.

 

A 11ª cadeira, vaga desde a aposentadoria de Ellen Gracie Northfleet, vai ser ocupada por Rosa Maria Weber, indicada pelo Palácio do Planalto e referendada pelo Senado.

 

O NEGÓCIO É O SEGUINTE


Do fim de dezembro à primeira semana de janeiro, férias litorâneas da presidente da República. Traz, no regresso, a definição da reforma do ministério.

 

Roberto Freire ganha mais um período na presidência nacional do PPS. O deputado repete a maioria dos dirigentes partidários: renovação zero.

 

O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Mais (PT-RS), fala ao país de seus feitos (?), dia 21, em rede de rádio e tevê. Horário previsto: 20h30min.

 

Tucanos ainda esperam que José Serra seja candidato ao governo paulistano. A irredutibilidade já não é a mesma do mês passado.

 

Neste final de ano, a rede bancária do país diminui a oferta de empréstimos. A turbulência internacional e o risco de inadimplência interna determinam a medida.

 

Como as duas casas do Congresso fizeram (e mais farão) o que o Planalto determina, dispensa-se a convocação extraordinária no recesso parlamentar.

 

A privataria tucana, livro assinado por Amaury Ribeiro Jr., tem irritado o PSDB. O jornalista, na crítica às privatizações no governo Fernando Henrique Cardoso, aponta um esquema de desvios de recursos.

espaço do leitor
carlos 02/01/2012 17:31
o colunista continua brigando com os fatos. não bastasse o desempenho econômico do brasil e os indicadores dos programas sociais conduzidos pela presidenta dilma, prefere discorrer sobre intrigas e futricas de brasília. o que não surpreende, devido a mesmice dos jornais do país. de norte a sul, a medicridade reina com raríssimas e honrosas exceções que confirmam a regra. feliz 2012!
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