[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] <i>John Carter - Entre Dois Mundos</i> e <i>Sob o Domínio do Medo</i> | Coluna Script | O POVO Online
CINEMA 04/04/2012 - 11h53

John Carter - Entre Dois Mundos e Sob o Domínio do Medo

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Sessãozaça da Tarde

Inspirado na série de livros de Princesa de Marte/John Carter de Marte de Edgar Rice Burroughs, publicado originalmente a partir de 1912, a aventura de ficção John Carter – Entre Dois Mundos (John Carter, 2012) é a estreia do diretor (e roteirista) de animação Andrew Stanton nos filmes com atores (live action). O resultado? Uma sessãozaça da tarde, com muitos efeitos especiais, uma história mirabolante que envolve viagens mágicas entre a Terra e Marte, luta de classes, jogos de poder entre povos de outro mundo, romance e boas doses de diversão. Mas pode dispensar o 3D.

Veterano da Guerra Civil americana, John Carter (Taylor Kitsch) é transportado magicamente para Marte, onde se torna prisioneiro e, graças a diferença de gravidade dos planetas, depois um grande guerreiro.

Antes que se diga que você já viu esse filme antes, em várias ocasiões diferentes, sim temos elementos já utilizados nas ficções Avatar (2009), Saga Star Wars, O Planeta dos Macacos (1968) e até mesmo em épicos como Fúria de Titãs (1981) e Gladiador (2001)... Mas o que aconteceu foi o inverso. O material base de John Carter foi publicado bem antes (a partir de 1912), e por isso que na verdade muitos desses filmes que se inspiraram, indiretamente, na obra de Burroughs.  

Seus efeitos são realmente bem especiais, sua ação grandiosa e com ótima presença (de corpo e espírito) do protagonista Taylor Kitsh. Só fica um pouqinho complicado acompanhar a inúmeras nomeações estranhas da trama, como Dejah Thoris; Sola; Tars Tarkas; Tal Hajus; Matai Shang; Tardos Mors; Sab Than; Kantos Kan; Powell; Sarkoja.

Já a brincadeira (ou seria homenagem) com o próprio autor, personagem do filme Edgar Rice Burroughs caiu bem. John Carter é uma boa aventura que merecia até continuação, mas infelizmente isso depende do seu resultado final de bilheteria, que como Marte, está no vermelho. NOTA: 7,0

INFORMAÇÕES ESPECIAIS:
O diretor e roteirista Andrew Stanton foi indicado ao Oscar de roteiro original por Toy Story (1995), Procurando Nemo (2003) e Wall-E (2008). Venceu o Oscar de melhor animação por Procurando Nemo (2003) e Wall-E (2008) e foi indicado ao Oscar de roteiro adaptado por Toy Story 3 (2010); O roteirista Michael Chabon escreveu o livro que virou filme Garotos Incríveis (2000) e a história de Homem-Aranha 2 (2004);

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Cães de Palha
Quando soube que a refilmagem de Straw Dogs (1971) de Sam Peckinpah, e estrelado por Dustin Hoffman (e Susan George) seria estrelado por James Marsden e Kate Bosworth, não acreditei que poderia sair algo de bom. O temor foi atenuado ao saber que o diretor e roteirista seria o digno (e subestimado) Rod Lurie.

Mas a refilmagem homônima do suspense, Sob o Domínio do Medo (Straw Dogs, 2011) é um suspense bem escrito, dirigido e traz até surpreendentes atuações de Marsden e Bosworth.

O inteligente personagem de James Marsden compara os caipiras, que trabalham na reforma de sua casa, e que antes eram astros do futebol americano local, aos Cães de Palha. Nos antigos rituais chineses, os Cães de Palha (do título original), eram os cachorros que antes eram cultuados, mas ao final do ritual eram usados como oferenda aos Deuses e por isso deixados de lado.

As mudanças são bem vindas. Do cenário do filme, do interior da Inglaterra – interior dos EUA, da profissão do protagonista VS. os caipiras – de matemático VS. analfabetos e agora um roteirista de Hollywood VS. ex-jogadores de futebol americano. Outra sacada inteligente vem num diálogo entre o roteirista e um dos caipiras, que diz gostar de filmes de terror, ao estilo Jogos Mortais (2004) e perguntando: você escreveu algum filme que eu tenha visto? E a resposta: creio que não. Mas o seu final é sangrentamente digno de Jogos Mortais.

O suspense vende Bosworth como “a” beleza e sensualidade irresistível, mas não é. Está mais para uma piriguete arrumada. Mas com a sua dedicação ao desespero e à situação aterrorizante nos faz esquecer tudo isso. Marsden também não deixa por menos. Se a princípio você não imagina como ele pode reagir à tamanha provocação, com a construção do seu personagem baseado na inteligência, muito bem costurado no roteiro, acompanhamos do que é capaz. NOTA: 7,5

INFORMAÇÕES ESPECIAIS: Bons extras com os especiais ‘Controvérsia: Um Clássico Refeito’; ‘A Dinâmica do Poder: A Montagem’; ‘Dentro do Sítio: O Último Espetáculo’; ‘Criando a Casa: Design de Produção’; e ‘Comentários com o roteirista/diretor Rod Lurie’; Filmografia do diretor Rod Lurie: Minutos Extremos (1999); A Conspiração (2000); A Última Fortaleza (2001); O Resgate de um Campeão (2007); Faces da Verdade (2008);

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*Daniel Herculano (siga no Twitter @DanielHerculano) é estudante de Jornalismo e titular do programete #Cineminha na Beach Park FM 101.7. Crítico de cinema formado em cursos de Ana Maria Bahiana (Uol/Globo de Ouro), Pablo Villaça (Cinema em Cena/OFCS), Ruy Gardnier (O Globo/Contracampo) e Joaquim Assis (Roteirista). É graduado em Comunicação Social e assessor de comunicação d´ A+ Business Criativo.

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