[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] O ritmo do crescimento do Brasil | Coluna Política | O POVO Online
Política 07/03/2013

O ritmo do crescimento do Brasil

4,4% é o percentual que a população cearense representa no Brasil. Já o PIB não tem metade desse peso
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A redução do descompasso entre o tamanho da economia do Ceará em relação à parcela que sua população representa no Brasil foi um dos motes da eleição de Cid Gomes (PSB). Embora tenha 4,4% dos habitantes, o Estado responde por cerca de 2,1% do PIB nacional. O governador vem efetivamente conseguindo manter sua meta de crescer acima da média nacional, com exceção de seu primeiro ano, no qual promoveu radical arrocho financeiro, que fez com que o Estado tivesse, em 2007, o pior desempenho econômico desde a década passada, na comparação com o resto do País. A boa notícia é que, em 2012, a diferença do Estado para a média nacional se tornou maior, ainda que a causa tenha sido o pífio resultado do Brasil. Acelerar esse ritmo é fundamental tendo em vista a meta de mais que dobrar a participação nas riquezas do País. Para quem pretende superar tamanho atraso e desigualdade, crescer acima da média não basta. É necessário que a economia avance em ritmo muito, muito mais acelerado. Não tem sido sempre assim, mas o cenário vem em constante evolução. Após um ano de 2008 no qual o resultado foi realmente expressivo – 3,3 pontos percentuais acima da média do Brasil – o Ceará teve dois anos no qual a expansão não atingiu nem meio ponto percentual a mais do que o País conseguiu. Na prática, praticamente não saiu do lugar, na comparação geral. No segundo mandato, Cid já obtém números um pouco mais expressivos e estáveis. Em 2011, a diferença foi de 1,6 ponto percentual. No último ano, chegou a 2,75 acima da média do País, conforme anunciado na terça-feira. Comemorou-se que a expansão foi o quádruplo da brasileira, mas há de se ponderar que quatro vezes quase nada não é lá grande coisa.


O que há de melhor no resultado é a perspectiva de manutenção do ritmo. Pela primeira vez desde 2000, o crescimento superou a média nacional em mais de um ponto percentual por dois anos consecutivos. E em tendência de aumento da diferença. Mas ainda é pouco. Se mantiver a média dos primeiros seis anos do governo Cid, o Ceará atingirá participação na economia brasileira correspondente ao tamanho da sua população lá por volta do fim deste século. A direção está correta, mas, quanto ao ritmo, o Estado está longe de caminhar vigorosamente para superar seu atraso.


DESEMPENHO AINDA ABAIXO DO ÚLTIMO ANO DE LÚCIO

Nos seis primeiros anos, o governo Cid ainda não conseguiu crescer acima do Brasil de forma tão vigorosa quanto a observada no último ano da administração de seu antecessor, Lúcio Alcântara. Em 2006, o Ceará avançou 4,06 pontos percentuais acima da média nacional. E, nos últimos dois anos, o crescimento ficou, na média, muito próximo do obtido no último ano do governo Tasso Jereissati (PSDB) – 2002. Mesmo assim, o atual cenário é melhor. Tanto 2002 quanto 2006 foram anos atípicos, nos quais o volume de investimentos estatais ficaram muito fora da normalidade. No caso de Lúcio, tanto em 2004 quanto em 2005, o Estado cresceu abaixo da média brasileira. Já em 2000 e 2001, a vantagem em comparação com o País não chegou a um ponto percentual. Desta vez, melhor que os espasmos de crescimento é a perspectiva de avanço contínuo e sólido. Que, contudo, precisará se comprovar em 2013 para confirmar a tendência.

CARISMA E ECONOMIA NO CHAVISMO

A respeito da morte de Hugo Chávez, a coluna recebeu interessante contribuição do publicitário e poeta Ricardo Alcântara, que compartilho com vocês: “Quando Chávez elegeu-se pela primeira vez, eu estava em Caracas. A mobilização popular era tão intensa e o clima era tão tenso que antecipei meu retorno ao Brasil para a véspera da votação: temia ver o aeroporto fechado por tanques militares no dia seguinte. Felizmente, deu tudo certo, eu soube já no Brasil. Tive oportunidade de vê-lo na televisão em duas longas entrevistas. Ali, com o faro de quem ‘trabalha no ramo’, tive a certeza de estar diante de uma criatura incomum. Nunca tive dúvidas de que ele marcaria a história do seu país. Nunca. Por força dessa experiência presencial, sempre acompanhei tudo que diz respeito ao ‘chavismo’, no que admiro e abomino”. Alcântara destaca que, apesar do discurso nacionalista, a Venezuela continua importando hoje o mesmo percentual de produtos industrializados que adquiria na época da chegada ao poder. “Isto é: o desenvolvimento da base produtiva venezuelana no chavismo é zero. Ele fez um governo de escambo: petróleo x assistência social, quando deveria ter dirigido parte para o incremento do desenvolvimento que, aquecido, também faria a sua parte (emprego, isto é, renda, isto é, consumo, isto é, tributos, isto é, investimento social). Mas aí, seria fortalecer a iniciativa privada, quando a meta final do projeto era extingui-la”.

 


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espaço do leitor
Maclima 07/03/2013 07:45
O que o Chávez fez à seu país é o que os PTRALHAS fazem ao Brasil, crescimento pífio e muito assistencialismo, doação de dinheiro para manter fieis seus "seguidores". Infraestrutura e saúde, segurança pública e economia em frangalhos. Pagaremos muito caro por este populismo irresponsável.
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