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A redução do descompasso entre o tamanho da economia do Ceará em relação à parcela que sua população representa no Brasil foi um dos motes da eleição de Cid Gomes (PSB). Embora tenha 4,4% dos habitantes, o Estado responde por cerca de 2,1% do PIB nacional. O governador vem efetivamente conseguindo manter sua meta de crescer acima da média nacional, com exceção de seu primeiro ano, no qual promoveu radical arrocho financeiro, que fez com que o Estado tivesse, em 2007, o pior desempenho econômico desde a década passada, na comparação com o resto do País. A boa notícia é que, em 2012, a diferença do Estado para a média nacional se tornou maior, ainda que a causa tenha sido o pífio resultado do Brasil. Acelerar esse ritmo é fundamental tendo em vista a meta de mais que dobrar a participação nas riquezas do País. Para quem pretende superar tamanho atraso e desigualdade, crescer acima da média não basta. É necessário que a economia avance em ritmo muito, muito mais acelerado. Não tem sido sempre assim, mas o cenário vem em constante evolução. Após um ano de 2008 no qual o resultado foi realmente expressivo – 3,3 pontos percentuais acima da média do Brasil – o Ceará teve dois anos no qual a expansão não atingiu nem meio ponto percentual a mais do que o País conseguiu. Na prática, praticamente não saiu do lugar, na comparação geral. No segundo mandato, Cid já obtém números um pouco mais expressivos e estáveis. Em 2011, a diferença foi de 1,6 ponto percentual. No último ano, chegou a 2,75 acima da média do País, conforme anunciado na terça-feira. Comemorou-se que a expansão foi o quádruplo da brasileira, mas há de se ponderar que quatro vezes quase nada não é lá grande coisa.
O que há de melhor no resultado é a perspectiva de manutenção do ritmo. Pela primeira vez desde 2000, o crescimento superou a média nacional em mais de um ponto percentual por dois anos consecutivos. E em tendência de aumento da diferença. Mas ainda é pouco. Se mantiver a média dos primeiros seis anos do governo Cid, o Ceará atingirá participação na economia brasileira correspondente ao tamanho da sua população lá por volta do fim deste século. A direção está correta, mas, quanto ao ritmo, o Estado está longe de caminhar vigorosamente para superar seu atraso.
DESEMPENHO AINDA ABAIXO DO ÚLTIMO ANO DE LÚCIO
CARISMA E ECONOMIA NO CHAVISMO
A respeito da morte de Hugo Chávez, a coluna recebeu interessante contribuição do publicitário e poeta Ricardo Alcântara, que compartilho com vocês: “Quando Chávez elegeu-se pela primeira vez, eu estava em Caracas. A mobilização popular era tão intensa e o clima era tão tenso que antecipei meu retorno ao Brasil para a véspera da votação: temia ver o aeroporto fechado por tanques militares no dia seguinte. Felizmente, deu tudo certo, eu soube já no Brasil. Tive oportunidade de vê-lo na televisão em duas longas entrevistas. Ali, com o faro de quem ‘trabalha no ramo’, tive a certeza de estar diante de uma criatura incomum. Nunca tive dúvidas de que ele marcaria a história do seu país. Nunca. Por força dessa experiência presencial, sempre acompanhei tudo que diz respeito ao ‘chavismo’, no que admiro e abomino”. Alcântara destaca que, apesar do discurso nacionalista, a Venezuela continua importando hoje o mesmo percentual de produtos industrializados que adquiria na época da chegada ao poder. “Isto é: o desenvolvimento da base produtiva venezuelana no chavismo é zero. Ele fez um governo de escambo: petróleo x assistência social, quando deveria ter dirigido parte para o incremento do desenvolvimento que, aquecido, também faria a sua parte (emprego, isto é, renda, isto é, consumo, isto é, tributos, isto é, investimento social). Mas aí, seria fortalecer a iniciativa privada, quando a meta final do projeto era extingui-la”.
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