[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] Eunício e a aliança política ameaçada. Como sempre. | Coluna Política | O POVO Online
Política 05/03/2013

Eunício e a aliança política ameaçada. Como sempre.

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A estratégia de Cid Gomes (PSB) atrair para sua aliança todas as principais forças políticas do Estado tem – noves fora as evidentes conveniências – como efeito colateral o fato de transformar os mais importantes aliados nos piores inimigos em potencial. As maiores ameaças são aqueles que estão mais perto, engordados pela farta ração do poder. É por essas e outras que o ex-líder do governo Cid, deputado Antônio Carlos (PT), converteu-se em um de seus mais contumazes críticos na Assembleia Legislativa. Até agora, Eunício Oliveira (PMDB) tem sido o mais fiel aliado do governador Cid Gomes (PSB), desde sua eleição, em 2006. Se o PT foi permanente fonte de tensões e problemas, o PMDB, por outro lado, ajudou a destravar impasses. Sobretudo quando, sete anos atrás, abriu mão de disputar o Senado com o qual já sonhava, abrindo espaço para a eleição de Inácio Arruda (PCdoB). E numa época na qual era enfaticamente cortejado pelo então governador Lúcio Alcântara, que concorria à reeleição. Hoje, porém, Eunício é o principal foco de instabilidade na base de Cid. O comandante do PMDB estadual se movimenta e é tratado como potencial candidato ao Governo do Estado, embora ele próprio evite declarações nesse sentido. Não tem nada a perder e muito a ganhar ao ser cotado para se lançar candidato. Seguramente, no mínimo, seu apoio sairá muito mais caro para o candidato que Cid Gomes vier a escolher.


Essa realidade não é propriamente nova. Quem reúne base tão grande, eclética e de interesses diversos precisa se acostumar a engolir sapos e conviver com conflitos. Não à toa, Cid procura adiar ao máximo as definições eleitorais: o assunto sempre lhe rendeu dores de cabeça. Em 2008, os desentendimentos eram em torno da definição do vice de Luizianne Lins (PT) – Tin Gomes (PHS) só foi escolhido após um mês de campanha na rua. E o partido ficou rachado - seu irmão, Ciro Gomes, apoiou Patrícia Saboya (PDT). Já em 2010, a intenção do próprio Ciro de se lançar candidato a presidente, se bem sucedida, teria representado o fim da aliança com o PT. Em seguida, a tentativa do governador de se equilibrar entre petistas e o PSDB de Tasso Jereissati também quase levou o acordo político à bancarrota. Em 2012, não teve jeito: PT e PSB finalmente bateram de frente. Cid, com apoio do PMDB, levou a melhor, isolou os focos de insatisfação entre os petistas e garantiu a hegemonia de seus apoiadores no partido aliado. O rompimento lá atrás deixou a aliança mais sólida.


A novidade é que o que sempre foi o porto seguro e a garantia para o governador é agora fonte extra de instabilidade. Por um lado, Eunício é tido como candidato certo pelo PMDB nacional. Na outra ponta, o PT está com Cid, mas visivelmente machucado pela derrota na Capital em 2012. No ano passado, a união de duas dessas três forças - PSB e PMDB - fez o prefeito de Fortaleza. No Estado, pode ocorrer o mesmo. Embora, em eleição para governador, a capilaridade nos municípios, a influência entre prefeitos e, em síntese, o peso da máquina possam ser mais determinantes que na campanha para prefeito.


ECOS NACIONAIS

O jornal O Globo publicou na semana passada declaração na qual Cid Gomes admitia deixar o PSB em caso de a candidatura de Eduardo Campos ser definida de forma “não democrática”. O governador, em seguida, negou que tivesse cogitado tal hipótese. O fato é que, se o PSB resolver enfrentar Dilma, toda sua estratégia será atrapalhada. E a saída da sigla é, sim, factível. Não só isso: é a forma de garantir a sobrevivência da hegemonia estadual.

O curioso é constatar como o mundo da política dá voltas. Em 2010, Cid chegou a admitir sacrificar a própria reeleição em nome da candidatura de Ciro a presidente. Mas o partido priorizou a estratégia nos estados. Agora, Cid destaca que a pretensão presidencial é projeto pessoal de Campos. O que, por sua vez, prejudica os estados.


PREFEITURA NO JOGO

De todo modo, Cid é jogador de lances eleitorais ousados. Nesse sentido, a possibilidade de lançar Roberto Cláudio (PSB) ao Governo do Estado, deixando a Prefeitura com Gaudêncio Lucena (PMDB), braço direito de Eunício, seria alternativa para segurar o PMDB ao seu lado, sem abrir mão do Estado. Tipo de jogada bem ao feitio do governador, seja em que partido for. Mas há, evidentemente, muita água para rolar. Roberto Cláudio dificilmente deixaria escapar esse cavalo selado. Mas, antes, precisa fazer gestão que justifique a “promoção”.

ERREI

No ciclo político dos governadores Faustino de Albuquerque, Raul Barbosa, Paulo Sarasate e Parsifal Barroso, o último foi o único a fazer o sucessor – Virgílio Távora – e não o primeiro, como erroneamente informara a coluna de sábado, ao tratar do livro Antes dos coronéis, de J. Ciro Saraiva. Outro reparo é quanto a datas: Manoel de Castro governou o Ceará entre março de 1982 e março de 1983 e Gonzaga Mota, de março de 1983 a março de 1987. A coluna situara o primeiro em 1981 e o segundo, entre 1982 e 1986.

 

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Maclima 05/03/2013 07:28
Se alguém duvida: http://www.youtube.com/watch?v=wcbEnnhkDd8&feature=player_embedded
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