[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive]
A proposta de reforma administrativa que Roberto Cláudio (PSB) enviou ontem à Câmara será objeto do primeiro embate entre a base do novo prefeito e o PT. A começar pela data. A convocação extraordinária foi anunciada para hoje e amanhã, mas o ex-presidente da Casa, Acrísio Sena (PT), destaca que o regimento estabelece prazo de 48 horas de antecedência, com chamamento por escrito. O que, segundo diz, não ocorrera até ontem à noite. “Amanhã (hoje) não tem sessão”, disse o vereador. Além disso, o PT convocou sindicatos de servidores para irem hoje à Câmara debater o assunto. O partido tem vários questionamentos. Acrísio cita a fusão de órgãos com regimes jurídicos distintos no guarda-chuva da nova Secretaria de Conservação de Serviços Públicos. Lá estarão AMC, Etufor, CTC, Emlurb, Instituto de Pesos e Medidas e, também, um órgão de regulação - a Acfor. O parlamentar cobra que o assunto seja discutido. E questiona, sobretudo, o fato de a mensagem, segundo informou, delegar ao Poder Executivo a regulamentação, por decreto, da organização, estrutura, cargos e funcionamento. “Não estamos dispostos a abdicar do papel da Câmara e delegar toda essa regulamentação às mãos do prefeito”. Já o candidato do PT na última eleição, Elmano de Freitas, demonstrou preocupação com a fusão entre Assistência Social e Trabalho. Embora tenha ressaltado que não conhecia os detalhes da proposta, ele considerou que pode estar em curso “retrocesso grande”. A Assistência Social era vinculada à Educação e foi desmembrada na gestão Luizianne Lins (PT). Com a nova junção, teme que a Assistência Social seja “engolida”. “Antes, claro que o foco era educação. No Trabalho, o foco é a política de empregos e qualificação. Tem relação, mas precisa de ação focada para famílias em extrema pobreza, para moradores de rua”, pontua. Ele considera que a postura sinaliza para o tratamento da assistência social como algo secundário. “Se for isso mesmo, temos a primeira divergência importante”, afirma. “Em princípio, não somos contra nenhuma reforma administrativa, mas queremos debater. O que for bom para a cidade, estaremos do lado. Mas a Câmara não será extensão do Executivo. Pelo menos vamos lutar contra isso”, disse Acrísio.
Posição petista à parte, Roberto Cláudio tem votos para aprovar a reforma. Mas será curioso observar, por exemplo, como se comportarão os vereadores do PR, que se dizem oposição, mas votaram no candidato do prefeito, Walter Cavalcante (PMDB), para presidente da Câmara.
A ARTE DE SABOTAR A SI MESMA
É inacreditável: Luizianne Lins (PT) foi a prefeita que criou as grandes festas de Réveillon em Fortaleza, mas saiu carregando a pecha de não ter promovido o evento em seu último ano. Foi, também, a gestora que mais pelejou para segurar a tarifa de ônibus em Fortaleza. Mas se despediu deixando como último ato tornado público justamente um aumento da passagem do transporte coletivo. E, o que é pior, feito de forma escamoteada, aparentando esperteza para deixar a impressão de que a culpa é do seu sucessor, que nem posse tinha tomado ainda. E se recusando a dar satisfação ao povo que a elegeu prefeita duas vezes. Ficou feio. E o mais incrível é como Luizianne permite que ocorra isso com sua imagem. Ela saiu da eleição derrotada, mas com inegável capital político. Se as muitas vitórias não apagaram todos os seus erros nem justificaram todos os seus atos – como às vezes deu impressão de achar – a derrota não esconde todos os seus méritos. E não são poucos. No entanto, nos últimos dois meses ela sucessivamente contribuiu para deteriorar aquele capital obtido mesmo quando seu candidato perdeu a eleição.Quanto ao reajuste em si, não se pode responsabilizar apenas a Justiça. É o contrato que a Prefeitura assinou que estabelecia a revisão da tarifa em novembro, o que não foi feito. Ficou a aparência de esperteza em excesso. Que, ato contínuo, costuma engolir o esperto. A decisão judicial determinou que a revisão se desse, mas não mandou aumentar o preço. A depender dos cálculos, podia até diminuir. Ou poderia haver alguma forma de subvenção, como em outras tantas vezes. Mas, ainda que se considere o Judiciário culpado, Luizianne agiu errado ao esconder o ato e atrasar sua divulgação até o limite. O correto teria ter explicado a decisão, até para deixar clara a parcela que lhe cabe e a cota devida ao juiz.
Da forma como agiu, difícil interpretar de outra forma que não como tentativa de fingir que não era com ela e apostar que a população associará a impopular medida a atitude do sucessor. Se tiver sido isso mesmo, em tempos de redes sociais, é acreditar demais no poder da desinformação.
RÉVEILLON SEM POLÊMICA
Nunca antes na história desta cidade uma festa de Réveillon foi realizada tão sem polêmica. Ministério Público, Tribunal de Contas, oposição, ninguém se insurgiu quanto a realização da festa, como era praxe quando a Prefeitura promovias o evento. O que será que Luizianne Lins fazia de tão errado que Cid Gomes fez de tão certo?Erro ao renderizar o portlet: Caixa Jornal De Hoje
Erro: maximum recursion depth exceeded while calling a Python object
Newsletter
Copyright © 1997-2016
O POVO Política | Coluna Política