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Elmano de Freitas se despede hoje da Secretaria da Educação e, provisoriamente, a Prefeitura de Fortaleza recorrerá a uma alternativa caseira e interina para a maior pasta do Município. O lugar ficará guardado para o caso de a aliança com PSB e/ou PMDB vir a ser fechada. E será oferecida aos aliados – com total prioridade para o partido do governador. A intenção é que já passem a compor a administração de imediato. Desde abril, quando Rogério Pinheiro deixou a superintendência do Instituto de Pesos e Medidas (Ipem) para concorrer a vereador, o grupo que dirige o PSB considera que está sem representação na Prefeitura, embora o presidente destituído Sérgio Novais tenha vários aliados na administração.
Será muito engraçado ver o PSB gerir a educação municipal, alvo de tantas críticas. Mas, mesmo em caso de aliança, parece bem pouco provável que a oferta venha a ser aceita.
PSB ESPERAVA QUE PT ADIASSE DECISÃO
O PSB repele a tese de que será o responsável pelo eventual fim da aliança. Todos no partido demonstraram contrariedade com o fato de o PT escolher o candidato antes de se reunir com o governador. A expectativa era de novo adiamento da decisão, como outros que já haviam ocorrido. As vozes e as movimentações pró-candidatura própria ficam mais eloquentes, enquanto os defensores do acordo agora falam em dificuldade. “O PT, quando não aguardou pela conversa com Cid, facilitou o caminho do PSB para decidir por candidatura própria”, disse o deputado federal Domingos Neto (PSB). Ele não está entre os setores que já jogavam querosene no combustível em que arde a coalizão. Pelo contrário, no momento em que surgiram comentários de que Cid estaria isolado na defesa do apoio ao PT, o parlamentar veio a público afirmar que fecharia com a posição do governador. Além disso, ele é filho de Patrícia Aguiar (PMDB), secretária municipal até três meses atrás, e de Domingos Filho, vice-governador e um dos raros personagens com trânsito tanto com Cid quanto Luizianne. Mas seu discurso não é otimista. Embora repita com alguma insistência que o partido ainda irá se reunir para decidir e que Cid tentará a composição, Domingos Neto deixa claro que o cenário não favorece o entendimento. “Sinto que faltou e falta disposição do PT para a aliança e querem jogar para nós esse ônus. Mas o ônus, em caso de rompimento, será do PT”. Ele acredita que o partido da prefeita criou esse cenário não só por se antecipar à conversa com o governador, mas também ao não dar sinais de que desejava o acordo.
A POLÍTICA FALOU MAIS ALTO
A possibilidade - remota na maioria dos casos - de um dos secretários estaduais concorrer a prefeito de Fortaleza desfalcará o Governo do Estado de vários integrantes do primeiro escalão, em áreas estratégicas. Até o fechamento da coluna, era aguardada a confirmação oficial, mas era dada como certa a desincompatibilização, pelo menos, dos três petistas e, ainda, de Ferruccio Feitosa (PSB). No caso da Camilo Santana, ele comanda obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) cuja soma atinge quase R$ 1 bilhão. Nelson Martins é responsável por cifras que chegam à casa das centenas de milhões de reais, sobretudo do projeto São José III. Sem falar do combate à seca. Ferrucio comanda as obras do Castelão Expoentes do Palácio da Abolição criticam a Prefeitura de Fortaleza por se preocupar mais com a política que com a administração – não raro com justa razão. Mas, nesse caso, é Cid quem prioriza as articulações partidárias frente à gestão.
E aí fica a lembrança de que, em 2010, a campanha já provocou a saída de uma penca de secretários, por razões diversas. Nas idas e vindas, o controle ficou mais frouxo. Por uma das brechas brotou o escândalo dos banheiros.
BODE PODE RETORNAR À SALA PETISTA
Está em gestação no PSB a hipótese de, na reunião de segunda-feira que vem, o partido decidir que aceita a coligação com o PT, com a condição de que o candidato seja um dos três secretários petistas que estão de saída do governo: Camilo, Nelson ou Francisco Pinheiro. É praticamente impossível que tais termos sejam aceitos. Em condições normais, a prefeita Luizianne Lins jamais concordaria com recuo na decisão tomada no domingo passado. Nesse caso, será o PT que não terá acatado os termos do aliado, e não o inverso. Terá sido, portanto, responsável pelo fim da parceria. Por enquanto, a estratégia está apenas sendo gestada. Caso se concretize, o bode estará de volta à sala do PT.
Como se percebe, os esforços nem são mais tanto para manter o entendimento, mas para se eximir da culpa pela ruptura.
BUMERANGUE
Caso se confirme que Cid Gomes se abalou mesmo de Fortaleza para Portugal para conversar com Moroni Torgan (DEM), ele dará o troco em Luizianne Lins (PT). Nas vésperas da eleição de 2010, ela recebeu Lúcio Alcântara (PR) na sede do PT. O ex-governador é o arqui-inimigo dos Ferreira Gomes. Cid recebeu como provocação.
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