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“O bode saiu da sala do PT e foi para a sala do PSB”. O comentário de um graduado cardeal do petismo dá a noção do certo alívio que tomou conta do partido depois do encontro de domingo. Não que tenha havido qualquer surpresa na escolha de Elmano de Freitas como candidato a prefeito de Fortaleza. Mas a legenda se sente livre do fardo de definir o futuro da aliança. Para os petistas, agora a decisão está com o PSB. Consideram que se procurou o diálogo ao limite. Foram seguidos os adiamentos do encontro, na tentativa de dar tempo para o acordo. Foi-se muito além do tradicional calendário petista e chegou-se às vésperas das convenções. Sem falar de supostos telefonemas não retornados. O PT tomou sua decisão e não há sinal de que possa voltar atrás. O recado do partido para o principal aliado é: se quiser, apoie Elmano. Se não quiser, a decisão é sua. “Tiramos de nossas costas qualquer perspectiva de ruptura”, resumiu o sentimento o presidente da Câmara Municipal, Acrísio Sena (PT). “A responsabilidade agora está nas mãos do PSB. Se quiser, que assuma o ônus da ruptura”, completou.
IRRECONHECÍVEL
Petistas celebraram, também, a unidade que resultou do encontro de domingo. Houve até quem sentisse falta de confusão e vaias, que tanto animavam os eventos partidários de passado que começa a se distanciar. Antes, mesmo candidatos francamente minoritários, ao discursar, eram alvo de apupos dos adversários. No domingo, a fala de Artur Bruno recebeu aplausos até de apoiadores de Elmano. Muita gente acreditava que, ou o partido atenderia o que desejava o governador Cid Gomes (PSB), ou racharia em bandas inconciliáveis. Nem uma coisa, nem outra. Falou alto o instinto de preservação para tentar permanecer no poder. O momento mais tenso foi quando o grupo ligado ao professor Francisco Pinheiro tentou adiar a votação. Mas nem Bruno bancou a tese e a proposta foi derrotada por larga margem.PELO DISCURSO PRÉVIO, LÓGICA É O PSB ROMPER
A se levar em conta o que dizia o PSB antes da escolha de Elmano de Freitas, a lógica é o rompimento da aliança. Observe a frase de Cid Gomes, publicada no O POVO de 26 de maio: “Candidato pra entendimento é candidato pra ser fruto de discussão não só interna. Reconheço que o PT tem direito de escolher sozinho. Se quer escolher sozinho, não pode pedir apoio de ninguém. Se quer ter apoio dos outros, tem de conversar com os outros”. Pois bem, o PT escolheu solitariamente. Ontem, o governador reforçou que o método do aliado cria dificuldades para o entendimento com o PSB. O presidente municipal do partido, Karlo Kardozo, sustenta a mesma percepção. “O PT aponta para a continuidade do que está aí. Justamente o que a gente vinha batendo contra, sobre a necessidade de renovação”. Candidato que, me parece, não muda muito”.
Por outro lado, também em declarações dadas ontem, Cid enfatizou o desejo de manter a aliança “em nome da questão nacional”. Lula já deixou claro - e Rui Falcão trouxe esse recado - de que jogará seu peso político para manter a aliança. E não será para trocar o candidato.
GOVERNADOR SINALIZA QUE CRÊ EM TROCA DE CANDIDATO
Mas Cid Gomes aparentemente pensa diferente. O governador anunciou ontem que irá desincompatibilizar os petistas em seu secretariado. O objetivo é deixá-los à disposição para a eventualidade de vir a se viabilizar condições para que sejam candidatos. Os três - Camilo Santana, Nelson Martins e Francisco Pinheiro - foram eleitos para mandatos na Assembleia Legislativa. E, como disse um correligionário do governador: “Acredito que os deputados estaduais não serão candidatos a vereador”.
DESOBSTRUÇÃO DE VIAS
O café da manhã que reuniu a prefeita, o governador, o presidente petista Rui Falcão (foto) e o vice-presidente nacional, José Guimarães, foi ameno, mas de clima carregado e, em alguns momentos, tenso. Há muito sem se falar, Cid e Luizianne disseram um ao outro o que pensam, sem meias palavras. Segundo Guimarães, o encontro serviu, sobretudo, para “desinterditar e recompor relações”.
ESTRANHA ALIANÇA
Em entrevista coletiva, Luizianne afirmou que, caso a - vá lá que seja - união entre PT e PSB se mantenha, não irá aceitar mais os ataques vindos dos supostamente aliados Ivo e Ciro Gomes. O pleito é bastante razoável para quem está numa parceria, mas é esquisito alguém ir pedir apoio e colocar condições.Erro ao renderizar o portlet: Caixa Jornal De Hoje
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