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Política 11/05/2012

Preocupação do governador se justifica

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Na mesma reunião em que o PSB decidiu encomendar a pesquisa eleitoral, o governador Cid Gomes manifestou preocupação com o risco de derrota da possível aliança entre PT e PSB, seja quem for o candidato. A história foi contada na coluna de 25 de abril. Os números do Ibope justificam o temor. Dos pré-candidatos de PT ou PSB, o mais bem colocado é Artur Bruno (PT). Seus 5% não impressionam para quem tem como trunfo o fato de ser mais o conhecido. Os outros não passam de 2%. Preocupação extra: nem Cid, nem Luizianne Lins (PT) tem lá tanto poder assim para influenciar o resultado, segundo os eleitores. Como a transferência de voto não mexe com mecanismos totalmente conscientes, há de se relativizar os números. Mas eles têm seu peso. A avaliação da prefeita é acentuadamente pior que a do governador. A aprovação dele, o dobro: 60%, contra 30% dela. E, em tese, os eleitores atribuem a ele mais que o dobro da capacidade de influenciar positivamente o voto em um candidato: 41% contra 18%. No entanto, objetivamente questionados sobre o voto nos candidatos com os respectivos apoios, os eleitores nivelam Cid e Luizianne bem por baixo.


Quando o apoio da prefeita é mencionado, Elmano de Freitas (PT) transita entre 3% e 4%. Diante do aval de Cid, Ferruccio Feitosa (PSB) alcança 4%. Roberto Cláudio (PSB) varia de 2% a 3%, também mediante apoio do governador. Quando Luizianne apoia Artur Bruno, ele fica em 5% - índice que já tinha sem o apoio –, com pico de 6%. Ou seja, na hora do vamos ver, a transferência é ínfima.


Tal perspectiva não é nada promissora para a aliança. E há candidatos bastante competitivos fora do binômio PT-PSB. Em campanha, a máquina pode muito, mas não pode tudo. Juntas ou separadas, as duas poderosas administrações podem, sim, perder.


PONTOS FRACOS

A saúde é apontada, disparada, como área mais problemática de Fortaleza, com 54%. Em distante segundo lugar, vem a segurança, com 10% - setor esse sob responsabilidade principalmente do Governo do Estado. A educação, gerida pelo secretário/pré-candidato Elmano de Freitas, não aparece com destaque como a maior preocupação. Mas se destaca entre as três maiores, encostando na segurança.

 

ALTERNATIVAS SE MOSTRAM VIÁVEIS

Números que chamam particular atenção não estão nos extremos, mas no meio. As candidaturas de Heitor Férrer (PDT), com 19%, e Marcos Cals (PSDB), com 15%, mostram força e viabilidade como alternativa concreta de poder. Heitor já concorreu a prefeito, em 2004, sem chamar muita atenção. Cals tem o nome fresco na memória da população, pois teve 20% dos votos de Fortaleza para governador, em 2010. Com esse patamar de largada, nenhum dos dois pode ser descartado.

 

O DADO MAIS RELEVANTE

O retrato mais fiel da realidade é percebido na pesquisa espontânea, em que o entrevistado aponta de cabeça o nome daquele em quem pretende votar. Aí o resultado traz surpresas. Inácio Arruda (PCdoB), que alcança maior percentual na estimulada, aparece só com 4%. Embora em empate técnico, fica atrás de Moroni Torgan (DEM), com 6%, e também de Heitor Férrer (PDT) e Marcos Cals (PSDB), ambos com 5%. Sinal de que a candidatura de Inácio pode ser menos consistente que a consulta estimulada pode fazer crer.

Já o percentual de indecisos – 60% - não impressiona. Em 2008, já em agosto, com um mês de campanha na rua, os indecisos na espontânea eram 49%.


A FORÇA DE INÁCIO E MORONI

A vantagem de Inácio e Moroni na estimulada é esperada. Aparecem em patamar ligeiramente inferior àquele em que largaram na eleição de 2004 e, no caso de Moroni, também na de 2008. Quase nenhuma mudança depois dos seis anos de Inácio como senador e dos mais de três anos de Moroni fora do Brasil. A essa altura, a pesquisa estimulada expõe, sobretudo, o índice de conhecimento dos candidatos. Inácio participou de quatro eleições majoritárias – três para prefeito e uma para senador. Moroni disputou os mesmos cargos, no mesmo número de vezes, além de uma eleição a vice-governador.

No entanto, mesmo nas campanhas municipais anteriores, onde largaram de patamares acima dos atuais, acabaram derrotados. Sendo que, em 2004, última eleição da qual tanto Inácio quanto Moroni participaram, eles lideravam sem que houvesse candidato algum a distância de menos de 10 pontos do segundo. Agora, há dois nomes nessa situação. Portanto, a vantagem de agora não lhes dá favoritismo maior que o de derrotas recentes.


POSTE POR POSTE

Cid Gomes cobra do PT candidato que tenha densidade eleitoral. Se critério for esse, fica sem argumento para recusar apoio a Elmano e apoiar Roberto Cláudio ou Ferruccio. O resultado de todos eles foi rigorosamente igual. Se tomar a decisão com base na pesquisa, Cid é empurrado na direção de Inácio Arruda.

DIREÇÃO CONTRÁRIA

A nota da coluna de ontem inverteu a direção do pico de pressão de Cid Gomes. Ele teve pressão baixa, não alta.

 

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espaço do leitor
Amaral Veras 12/05/2012 23:27
É bom prestar atenção, o que se vislumbra é uma derrota de LUIZIANNE e de CID, anotem para conferir depois. Portanto CID saia do meio desse PT enquanto é tempo.
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Paulo André Xavier de Paiva 11/05/2012 12:51
pesquisa feita com 500 pessoas! isso lá é pesquisa.
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Ricardo 11/05/2012 12:25
Roseno igual à prefeita, que nem candidata pode ser. Grandes coisas.
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Andréa Saraiva 11/05/2012 10:56
A candidatura de Renato Roseno e seus notáveis 7% na estimulada e 3% na espontãnea - indice igual ao da prefeita- sem nunca ter exercido cargo público é solenemente ignorado na análise. Significa.
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