O som de Jerusalém
Em clima de Semana Santa, Playlist faz um passeio pelo som da antiga Jerusalém
São ensaios, músicas a aprender, festas a comparecer, artistas a estudar. Minha cabeça anda tão estufada de música durante os últimos dias que, com a chegada da Semana Santa, minhas reflexões se perguntam qual era o som que tocava na antiga Jerusalém, palco de toda a história cristã, envolvendo os dias que se seguem: Sexta-Feira da Paixão, Sábado de Aleluia e o Domingo de Páscoa. Naquele tempo, a música era praticamente ecumênica, onde cantos e salmos eram colocados em forma de melodia, somente com a finalidade de contar uma história, mostrar um caminho ou até mesmo realizar um julgamento. E era em uníssono. Um monte de caras vestidos com panos atravessados “cantavam em uma só voz” (essa frase você já deve ter ouvido na missa). Esses salmos, entoados na época do meu xará Davi (o rei), ganharam influência das melodias dos modos gregos, resultando no Cantochão, o pai do canto gregoriano.
A música é uma paixão comum, se livrando da diferença de raças, classes e culturas. Se há pessoas que se mordem com a falta de pudor em determinadas canções, existem também aquelas que vibram com as mesmas. Hoje, isso faz parte da nossa cultura, do livre arbítrio, do direito de ouvir o que lhe for conveniente. Em uma sociedade, fatores como o “berço” nascido e a educação influem diretamente na preferência musical de uma pessoa. Liberar a música contemporânea, seja de que forma ela vier, é um exemplo de integridade. Há poucas gerações atrás, pessoas tomavam a música como um barulho demoníaco, que corrompia os fiéis e os distanciava de Deus. “- Isso é música do diabo”, diziam. Atualmente, a música cristã é uma forma de traduzir a mensagem adventista para a linguagem contemporânea, baseando-se no conceito da liberdade de expressão, a exaltação de Jesus Cristo e do estilo de vida cristão. Para quem tem a imaginação mais fértil, é difícil nunca ter pensado em Jesus Cristo tomando alguns goles de vinho e dando boas risadas com seus apóstolos. E um deles, talvez Pedro, tamborilando com os dedos na mesa. Quem sabe?
Flecheiras Sounds
Para quem se lembra das festas na belíssima praia de Flecheiras, que contavam somente com os faróis dos carros ligados e quinze músicas diferentes tocando ao mesmo tempo, vai ter uma baita surpresa no feriado. A produtora 2FUN tomou conta do feriado de lá, organizou o negócio e traz três dias de festa em uma mansão em frente ao mar! Para mais informações,acesse: http://www.2fun.com.br/
Hedkandi
Já fazia um bom tempo que eu não comentava de alguma boa festa de música eletrônica por aqui. Pois desce hoje em Fortaleza umas das labels mais comentadas no mundo inteiro, a HedKandi. Famosa pela imagem sexy de mulheres dançando na marca, a festa traz o britânico Grant Nelson, 23 anos de pista, e famoso por remixar diversas músicas do Jamiroquai e da nossa querida Bebel Gilberto, filha do mestre João Gilberto. Dá pra sentir que o gringo vem cheio do balanço! Informações: www.facebook.com/SelektaEventos
Davi Correia
buchicho@opovo.com.br
As informações são de responsabilidade do autor no:
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