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Construído para que as famílias pudessem morar “muito melhor”, como convidava um anúncio no O POVO de 1977 - ano de inauguração do que hoje é bairro, o Conjunto Ceará cresceu, mas não deixou de lado seu espírito de conjunto - no melhor sentido que a expressão pode ter. Por ali há serviços que dispensam viagens ao distante Centro da cidade, há convivência nas calçadas, há comunidades.
Mas, talvez pela lonjura da região mais visada de Fortaleza, os moradores reclamem de certo descuido do poder público com a região - especialmente quando o assunto é segurança pública. “O clima por aqui não tá muito bom não por causa da questão da segurança. Na minha rua, à tarde, o pessoal não sai nem pra fazer compra com medo”, lamenta a professora Antônia Pereira de Sales, de 60 anos. Antônia mora na terceira etapa do bairro desde 1979. “Fui assaltada em frente à delegacia”, comentou a gerente financeira Cecília Matias, 19.
Apesar dos percalços e da insegurança “que tem em toda etapa”, a professora aposentada Vilani Vasconcelos, 59, diz que os avanços não afastaram as pessoas do convívio. “Aqui o clima é maravilhoso. Continua quase todo mundo na rua, no campo tem atividades, torneio”, conta, mostrando o campo de futebol na frente de casa. Moradora do Conjunto Ceará há 30 anos, Vilani lembra que foram muitas as transformações do bairro. “Era bem mais precário. Tinha dificuldade de ônibus, poucas farmácias. Mas antes a gente ia dormir às 2h da manhã. Agora dá 11h (da noite) e tem que entrar”, diz.
Moradora da segunda etapa, a dona de casa Branca da Costa Leite, 67, também se recorda dos percalços vividos pelos primeiros moradores. “Era um deserto, sem conforto. A gente sofreu muito no início”. O tempo passou e dona Branca avalia que as promessas nos tempos da construção do conjunto ainda não foram totalmente cumpridas. “Não tá bom ainda. Tem muito a crescer. E tá demorando, viu”. Mesmo assim, a tranquilidade é apontada como ponto muito positivo do Conjunto Ceará.
O radialista comunitário Valdeci Martins, 54, morador do bairro há 33 anos, lamenta a infraestrutura atual e define o Conjunto Ceará: “somos uma cidade dentro da cidade”.
EM ALTA
CONVIVER
Apesar das reclamações sobre violência, a maioria dos moradores elogia o clima tranquilo que o Conjunto Ceará preserva.
EM BAIXA
SERVIÇO
Alguns moradores apontaram que falta um cartório no bairro, que já conta com muitos serviços, como bancos e mercados.
42 MIL
O Conjunto Ceará tem 42.894 habitantes, segundo o Censo 2010 do IBGE. São 19.848 homens e 23.046 mulheres.
RONDA
O Povo nos Bairros publica o telefone dos policiais do Ronda do Quarteirão no Conjunto Ceará 3457 1001 ou 1002 e 190
INFRAESTRUTURA
BURACOS NAS VIAS DO CONJUNTO CEARÁ SÃO RECLAMAÇÃO CONSTANTE
1. Os buracos estão pela maioria das ruas e avenidas do Conjunto Ceará e são reclamação constante de muitos moradores. “Tem que tapar os buracos que são demais”, define a dona de casa Efigênia Maria, 56, moradora da quarta etapa. Como muitas vias não são asfaltadas, basta uma pedra do calçamento se soltar para o buraco surgir. O radialista Valdeci Martins, 54, diz que, quando o prefeito visitou o posto de saúde do bairro, duas semanas atrás, prometeu ajeitar o problema.RESPOSTA. A assessoria de comunicação da Prefeitura de Fortaleza confirma o compromisso do prefeito. Segundo a assessoria, ele orientou que a Regional V elabore cronograma para recuperação do calçamento do Conjunto Ceará. O levantamento não tem data para ser finalizado. Moradores podem apontar vias com problemas para serem incluídas no diagnóstico: (85) 3433 2929 (ouvidoria).
TRANSPORTE
ÔNIBUS DEMORA A PASSAR PELA TERCEIRA ETAPA
2.A doméstica Célia Alves, 20, mora na terceira etapa do Conjunto Ceará e reclama que a única linha que chega à região “demora 40 minutos pra aparecer”. A linha é a Conjunto Ceará I (341). “Isso em dia de semana”, pontua.RESPOSTA. Em nota, a Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) informou que “intensificará o monitoramento da respectiva linha para verificar a reclamação e as possíveis causas dos atrasos”. Segundo a Etufor, a linha tem nove veículos que circulam de 12 em 12 minutos. Após apurar a denúncia da moradora, o órgão reavaliará a oferta dos ônibus na região.
BAIRRO ELLERY
FÁBRICA É MOTIVO DE RECLAMAÇÃO
3. Morador do Bairro Ellery, Aloisio Ferreiras Dias reclama de uma fábrica que, segundo ele, “exala um odor insuportável de verniz, além do barulho das máquinas”. A fábrica é a Metalgráfica Cearense.RESPOSTA. A Secretaria do Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma) informa, em nota, que, em 2012, recebeu denúncia sobre a fábrica. Em visita ao local, “não foram constatadas poluição sonora e atmosférica” e a empresa tem licença ambiental. A gerente da fábrica, Amanda Perry, diz que “a reclamação não procede” e o estabelecimento cumpre todas as normas.
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