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Teorias da Conspiração estão em curso e, especulações a parte, existe uma constatação de proporção global de que nenhuma potência está a salvo de uma invasão: um cyber ataque. Neste cenário, países como Estados Unidos e França investem milhões de dólares em segurança e declaram a internet como estrutura vital. Daí os mecanismos de controle como a lei francesa HADOPI , que legaliza a vigilância da internet a partir de uma agência reguladora de censura. E ainda, no Reino Unido, a recente criação de uma nova organização internacional, denominada International Cyber Security Protection Alliance (ICSPA), reunirá governos, empresas multinacionais e escritórios policiais para combater supostos “crimes” no ciberespaço.
De fato, estamos vivendo uma época na qual é possível sentir a emergência de uma instabilidade mundial, com semelhança viral, contagiosa. Nestes “tempos do cólera”, surge um protagonista que ameaça todos os limites de segurança de qualquer tipo de geografia: o Homo Hacker.
Tem atrás dele, o Homo Sapiens, o Homo de Cultura, o Homo Academicus etc. e milhões de anos de uma grande história já contada que nos fez pensar que nós homens, simples mortais, somos o centro do mundo. Ele, entretanto, é também herdeiro da mesma tradição humanista que alçou o ser humano à condição de centro do universo: o antropocentrismo.
Essa forma de raciocínio nos levou a supor como autores maiores do clima, dos ciclos da natureza e, igualmente, ajudou-nos a edificar um mundo desigual, instável, lugar da produção de toneladas de lixo e do aquecimento global. Ainda tem, na sua descendência, a mesma forma de pensar que cultua a ideia de que se pode trazer o céu à terra: ou a utopia de poder mudar o mundo, pelo simples fato de que o Homo Hacker não quer se adaptar a ele, a seus controles e a seu modus operandi.
A hacker cultura é, contudo, pragmática, espontânea, coletiva, interativa, cifrada etc. E se coloca como forma de resistência a todo tipo de “mercantilização da informação” e formas de dominação. Não há um só credo ou uma dada moral, apenas classificações e níveis de invasões. No dicionário hacker: “white hat”; “gray hat”; “black hat” e, nessa ordem: o ético, o escorregadio e o sem princípios.O “Newbie”, novato; o “Scriptkiddie” inexperiente que apenas invade quando existem brechas ou o que pega carona em programas já prontos e o “Phreaker”, especialista em telecomunicações. Mas nenhum desses “pseudônimos” sintetiza mais o Homo Hacker do que o #wikileaks ou o #anonymos: nada ficará oculto ou pode ser escondido e não há nenhum espaço, na geografia virtual, que não possa ser revelado! É certo que não existe uma única ideologia. Na maioria das vezes, o leimotiv é apenas ser o melhor hacker do mundo.
Ele crê-se arquiteto de uma nova geografia virtual e inaugura mesmo uma espécie de Nova Metafísica, porque nos provocam com questões como: quem são eles? de onde vieram? quo vadis? Quiçá possam inaugurar uma nova tradição: internet sem mordaça e locus do compartilhamento, transparência e acesso à informação cidadã!
Mônica Tassigny. Prof.a Dra. UNIFOR. Twitter: @monicatass
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Mônica tassigny
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