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O continente africano está experimentando uma grande transformação. Seis das dez economias que durante a primeira década do século XXI mostraram um maior ritmo de crescimento se encontram na África subsaariana. E segundo as previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI), nos próximos cinco anos, este número chegará a sete.
A maioria dos países africanos estão experimentando, apesar da crise mundial, importantes taxas de crescimento econômico, chegando a 7 ou 8%, no mínimo. Inclusive alguns superaram estas previsões, como é o caso de Gana que durante o ano de 2011 apresentou uma taxa média de crescimento de 23%, coincidindo com o início de sua produção de petróleo. Tudo isto supõe novos desafios para o continente ao mesmo tempo em que lhe sugere repensar seu papel no contexto da economia e a sociedade global.
De acordo com o Banco Mundial, em 2012, a África terá um crescimento médio de 6%, propiciado por uma melhora das economias domésticas, o aumento dos preços das matérias primas e o crescimento do número de consumidores, especialmente dos oriundos da classe média. Além disso, é importante frisar que muitos países estão realizando investimentos bastante significativos em infraestrutura na África.
E o que o Brasil tem ou pode ter a ver com o crescimento do continente africano.
Para tentar responder esta indagação, na perspectiva da importância que o mundo confere ao continente africano, realizamos na última semana, em Fortaleza, o Fórum Brasil África, evento delegações de mais de 20 países africanos.
Dentre os temas de interesse do Brasil e a África, foram apresentadas discussões sobre energias renováveis, financiamento de projetos estruturantes, capacitação, saúde e agronegócio.
Durante três dias, diplomatas brasileiros e africanos (tivemos a participação de oito embaixadores africanos no Brasil),empresários e acadêmicos discorrem de forma direta sobre as oportunidades de negócios entre empresas localizadas nos dois lados do Atlântico
É importante destacar que nossa iniciativa de promover o Forum Brasil Africa em Fortaleza, coincidiu com a realização, no mesmo período, de evento semelhante em Adis Abeba, na Etiópia e outro de igual abordagem na semana anterior, no Rio de Janeiro, promovido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Em comum, os três eventos discutiram o desenvolvimento econômico da África.
De forma objetiva, em Fortaleza foram acertadas algumas ações específicas como a criação de uma linha aérea entre a capital cearense e a cidade de Acra (capital de Gana), a realização de estudo sobre a viabilidade de produção de etanol em alguns países africanos, e a instalação de uma usina de reciclagem de lixo no Zimbábue.
Nos últimos doze meses tive a oportunidade de visitar diversos países do continente africano e em cidades como Harare, Luanda, Nairóbi, Johanesburgo, Maputo, Acra ou Praia não é tarefa difícil encontrar marcas ou produtos brasileiros.
Por outro lado, numa iniciativa que demonstra uma quebra de paradigma, percebe-se considerável fluxo de investimento externo direto africano através de empresas da África que começam a chegar ao Brasil.
Assim, a história nos mostra que, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao afirmar em 2003 que o continente africano seria prioridade para o seu governo - ainda que o preconceito ridículo de muitos quisesse impedir a aproximação com a África - anteviu que a aproximação econômica entre o Brasil e o continente africano não seria apenas retórica.
A África já não está tão longe!
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