[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] De volta ao começo | Coluna Letra e Música | O POVO Online
Lançamento 11/08/2012

De volta ao começo

Depois de um hiato em que se arriscou, sem grande êxito, como compositora e até como parceira de Mick Jagger, Joss Stone retoma a força de seu primeiro repertório e grava um autêntico disco de soul music
DIVULGAÇÃO
Joss Stone: a bela volta a ser a fera nos vocais de The Soul Sessions Vol. 2
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Terreno para grandes vozes e instrumentistas, a soul music viveu seus áureos tempos há mais de 40 anos. Ainda assim, sempre aparece um novo nome em busca de resgatar a sensualidade e o suingue do som negro americano. Entre as vozes femininas, duas de grande destaque recente foram as inglesas Adele e Amy Winehouse. Figurando entre o poderio vocal da primeira e o sentimento exposto da segunda, Joss Stone é outra artista em busca de resgatar a magia daqueles saudosos tempos de Motown e Stax.

 

Logo no seu primeiro disco, The soul sessions (2003), a também inglesinha mostrou que tinha talento e gogó suficiente para tal oficio. No disco, Joss Stone põe sua privilegiada voz a serviço de 10 covers, de Jack White a Aretha Franklin. De longe, este se tornou seu melhor trabalho. E olha que ela só tinha 16 anos na época. Em seguida veio um mergulho num som mais radiofônico, a descoberta da veia compositora e uma parceria com Mick Jagger na banda Superheavy (que não deu em muita coisa). Até tingir sua linda cabeleira loura de ruivo ela fez.


Em 2012, ela decide parar de testar e volta a dar um tiro certeiro. The Soul Sessions Vol. 2, lançado pela Warner, volta a apostar nos covers. Apesar da fórmula dos covers ser batida, o disco tem um mérito que lhe dá um certo status. São 11 faixas que, assim como o irmão mais velho de 2003, fogem dos clássicos óbvios e dão luz a canções que, para os desavisados, até vão parecer inéditas. Embora não traga o mesmo impacto da estreia, neste segundo Soul Sessions, Stone volta a desfilar com classe, agora entre composições de Eddie Floyd e Terry Callier, e não dispensa sua bela voz em vão.


Como um autêntico disco de soul music, The Soul Sessions Vol 2 tem bons momentos funkeados, pra balançar o coreto, e baladas arrasadores, pra dançar juntinho. No primeiro time, o destaque vai para “(For God’s sake) Give more power to the people”, uma pedrada na orelha lançada em 1971 pela banda The Chi-Lites, feita para incendiar multidões. “Teardrops”, de Cecil e Linda Womack, também é destaque pelo sotaque disco music anos 80 (a música é de 1988). Já entre faixas mais apaixonadas, “I don’t want to be with nobody but you” (Eddie Floyd/ Joe Shamwell) é um arroubo para os corações apaixonados que pode tomar conta das rádios e novelas brasileiras a qualquer momento. Já “Pillow talk” (Sylvia Robinson/ Michael Burton) tem cara de tertúlia ao som de Tina Charles e mostra Joss Stones sedutora ao conter sua garganta. Esta, por sinal, é a melhor faixa destas soul sessions. Pra encerrar, a melosa “Then you can tell me goodbye” (John Loudermilk) dá o adeus cercado de cordas e piano. Mas um adeus temporário, pois Joss Stone ainda tem muita estrada pela frente.


Serviço

 

The Soul Sessions Vol. 2

Warner 11 faixas.

Preço médio: R$24,90 e R$ 34,90 (versão deluxe, com faixas bônus).

 

Jussara Silveira

 

Popular com cara de clássico

Jussara Silveira é cantora pra ser ouvida com atenção. Dona de uma emissão segura, ela canta o popular com o apuro técnico dos mais sofisticados. Foi isso que ela exibiu no último domingo (5) em sua primeira passagem por Fortaleza. Acompanhada do pianista Sacha Amback e do percussionista Marcelo Costa, ela apresentou as canções de Ame ou se mande, disco lançado em 2011 pela gravadora Joia Moderna e agora relançado pela Universal.


Abusando dos recursos do trio, ela expos suas sutilezas dentro dos arranjos criativos do duo. No repertório, sucessos badalados, como “Dê um rolê” (Moraes Moreira/ Galvão), e joias desconhecidas, como “O dia que passou” (Toni Costa/ Luiz Ariston). Houve ainda espaço para a cândida “Contato imediato” (Tribalistas) e para a visionária “Marcianita” (Marcone/ Villota/ V.: Fernando César. Em todos os climas, Jussara se mostrou como uma das grandes vozes brasileiras e deve voltar logo em breve.

 

Serviço

 

Ame ou se mande

 

Universal

11 faixas

Preço médio: R$24,90.

 

Livro


O som em tempo de revolução

Quando Bob Dylan chegou ao festival de Newport acompanhado de uma banda de rock, a plateia não perdoou de vê-lo “se entregando ao lixo comercial americano”. O ano era 1965 e aquela atitude do outrora trovador solitário seria imperdoável. Quem diria que quatro anos depois a juventude estaria se congraçando num evento eletrificado chamado Woodstock. Para entender as transformações vividas na época, o jornalista Rodrigo Merheb sobrevoa os quatro últimos anos da década de 60 em O som da revolução.

Ao longo de mais de 500 páginas, ele conta as histórias dos protagonistas da época mais frutífera do rock e mostra que consequências seus atos traziam. Com detalhes picantes e curiosos, ele aborda o ideário hippie do auge ao declínio. Com um texto sereno, fruto de uma pesquisa aprofundada, Rodrigo constrói uma história que vai além da música e passa por política, comportamento e questões sociais. Apesar da introdução com cara de tese de doutorado, O som da revolução é para ser lido de uma vez. De preferência com um bom disco de rock tocando.


Serviço


O som da revolução

Civilização Brasileira

Preço médio: R$47,50.

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