[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] Duelo de Titãs! | O POVO
Com a Palavra 29/01/2013

Duelo de Titãs!

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Bernadete Porto

Professora universitária e doutora em Educação

bernadete.porto@ufc.br


O ano letivo, nas escolas particulares, começa cada vez mais cedo. Em 2013, o início das aulas ocorrerá, para muitos, em meados do mês de janeiro. Ao indagar opinião dos pais sobre este recomeço, fui surpreendida por depoimentos de espanto, angústia, tristeza e raiva. Essa negatividade está, neste início de processo, ligada “à corrida do ouro” em busca dos livros didáticos e paradidáticos. Pelo que pude perceber, muitos problemas poderiam ser evitados e dizem respeito ao planejamento das escolas.


Primeiramente, sei que há estranhamento quanto ao preço do material escolar. A par dos avanços tecnológicos na área gráfica, eles continuam caros. Apesar da guerra entre as editoras, eles continuam caros. Será que as escolas não tem, conjuntamente, força para lidar com esse imperialismo e barganhar normas, formas, projetando suas necessidades?


Afora isso, alguns pais relatam sua surpresa com a constatação de que embora sejam exigidos, nem sempre os livros são trabalhados (bem ou mal) em sala de aula pelos docentes. Muitos não usam nem estimulam o uso do material que eles ou a instituição em que trabalham escolheram. Surpresa também com a dificuldade de achar, no comércio local, os livros que são escolhidos pelas escolas. Esses fatos podem indicar dificuldades de planejamento na utilização do material escolar.


De outro lado, e acima de tudo, é muito inquietante que ainda se pense nos portadores de texto e nos detentores de informações na restrição de escolha de um único livro. Cada vez mais, e com maior rapidez, há sistematização das informações da Ciência. Por que as escolas não apostam nas grandes bibliotecas e em processos de pesquisa dentro destes espaços? Quais são as formas disponíveis para acesso ao conhecimento e às informações? De qualquer modo, como incentivar os estudantes a entenderem a origem do conhecimento e a pesquisa, estimulando-a no processo educativo nas escolas?


É também revoltante perceber o “engodo” do uso de tecnologias em algumas instituições. Isso pode ocorrer quando há o mero deslocamento dos conteúdos para estes aparelhos, como se transformassem suas apostilas em apostilas disponíveis em rede ou em Tablets, por exemplo. Será possível afirmar que não se está fazendo uso dos Tablets de modo a expandir o acesso ao conhecimento, com livre acesso ou mobilidade?


Gostaria de chamar a atenção para o fato de que, na maioria destas situações, os professores são destituídos da sua capacidade de escolha e de elaboração de material, reincidindo em práticas e concepções educacionais tradicionalistas e fundamentadas em valores como o individualismo, a homogeneidade e simultaneidade do ensino.

 

Bernadete Porto bernadete.porto@gmail.com
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