[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] Poeira das estrelas | O POVO
COSMOS 08/07/2012

Poeira das estrelas

"Quando a quando a estrela é muito massiva e não consegue mais fundir átomos, ela entra em um colapso enorme, que nós chamamos de Supernova"
notícia 5 comentários
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Victor Alves Alencar cosmos@opovo.com.br
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Uma vez escutei uma frase que era mais ou menos assim: “Somos poeiras de estrelas”. Não lembro de quem eu escutei isso, mas é a mais pura verdade. Somos crias quase que diretas das estrelas e isso não é metáfora, isso é quase literal. Mas aí vem as questões: Como podemos ter nascido das estrelas? Se fomos gerados das estrelas, por que a nossa composição química é diferente delas?

Vamos começar com a pergunta sobre quais os elementos compõem as estrelas e os seres humanos. Sabemos que a nossa composição química é complexa. Dos mais de 100 elementos químicos presentes na Tabela Periódica que estudamos no colégio, apenas 47 deles fazem parte da composição química do ser humano (sendo que apenas cinco deles tem porcentagem expressiva nessa composição).


Quando vamos analisar a composição química de uma estrela, o quadro muda. As estrelas são compostas basicamente por dois elementos químicos: o Hidrogênio (com cerca de 71% da massa da estrela) e o Hélio (27% da massa da estrela). O 1% restante é composto por alguns metais pesados.


Até esse momento, o que você leu nesses dois últimos parágrafos não forma uma base para a afirmação que fizemos no início desse texto. Mas fique tranquilo, pois ainda há algumas coisas para se analisar e entre essas coisas está o ciclo de vida das estrelas. Exatamente isso, as estrelas possuem um ciclo de vida, que os astrônomos chamam de Evolução Estelar.


Assim como as pessoas, as estrelas também nascem, atingem a sua maturidade e morrem. Como isso ocorre, varia de estrela para estrela, pois digamos que, de acordo com a massa da estrela, ela vira uma “espécie” diferente e a sua morte pode ser de outra forma.


Temos estrelas que no fim da vida terão a sua superfície jogada depois de uma explosão no núcleo e isso fará com que o seu tamanho aumente e a sua temperatura mude. O Sol é um exemplo disso. E, quando a sua superfície (que chamamos de fotosfera) se expandir, ele vai englobar as órbitas de Mercúrio, Vênus e da Terra. Para que esse processo comece, ainda vai demorar cerca de 5 bilhões de anos. Então fique tranquilo, pois não estaremos vivos para ver esse marco da história do Sistema Solar. Essa fase é chamada de Gigante Vermelha.


Se a massa da estrela for bem maior que a do Sol, na sua maturidade ele pode virar uma Supergigante Vermelha. Bem, o mais importante não é isso, mas sim que, quando uma estrela passa de uma fase da vida para outra, a sua composição química é alterada. O Sol, por exemplo, atualmente, vive uma fase estável onde, por um processo de fusão nuclear, ele transforma átomos de hidrogênio em átomos de hélio. O que sobra dessa fusão nuclear são partículas e radiações que são emitidas para todos os lados e que também chegam aqui na Terra. Radiação essa que se faz presente em várias formas, como o calor. (Comentamos sobre o Sol e seus perigos em uma edição passada dessa coluna. Você pode acessar em: http://www.opovo.com.br/colunas/cosmos).


Quando a estrela vai fundindo átomos como o do hidrogênio em hélio, chega um momento que não há mais hidrogênio e a estrela tem que modificar a sua estrutura para continuar sobrevivendo, mas agora consumindo o hélio e o transformando em outros elementos químicos. Até que chega em um ponto que ele não pode mais se transformar e então, quando a estrela é muito massiva, ela entra em um colapso enorme, que nós chamamos de Supernova.


Durante esse processo de uma Supernova, a energia é tão grande que destrói átomos e os rearranja em novas estruturas atômicas, formando assim muitos dos elementos que são considerados raros ou que o homem só conhece através de síntese em laboratório.


Assim vemos que tanto as estrelas quanto as suas explosões (supernovas) são as grandes “fornalhas” para os elementos químicos presentes no Universo. Agora podemos entender como foi possível a existência, o modelo do surgimento da vida pela “Sopa de Oparin”, que só foi possível por que havia uma variedade enorme de elementos químicos para o agrupamento de átomos em moléculas proteicas e aminoácidos necessários para a origem da vida na Terra. E é por isso que nós somos nada além de poeira das estrelas do Cosmos.


Victor Alves Alencar estuda astronomia desde os 9 anos de idade e hoje é estudante de Física pela Universidade Federal do Ceará (UFC). É colaborador da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA)

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espaço do leitor
pedro 17/03/2014 18:21
Ate q ajudo mas poderia resumir tudo?!
Luana 16/02/2014 17:28
bom eu , achei legal o comentário mais eu acho que ainda falta alguma coisa , parece que não estr falando da poeira das estrela parece mais que estar falando de como a estrela é formada e tals queria mas , falando sobre o que é a poeira das estrelas como ela é formada !!!! Por que ela existe vlw
Valasque De La Monter 21/03/2013 23:50
somos poeira das estrela?talvez sim,mas talvez isso seja uma coisa que jamais saberemos...isso talvez seja o que mas queremos saber! Valasque De La Monter,sou um escrito jamis conhecido,está é umas nota rara minha para ''O Povo''.
Lucas Carvalho 10/07/2012 16:47
Somos feitos de poeira das estrelas. Carl Sagan
Lucas Carvalho 10/07/2012 16:44
"Somos feitos de poeira das estrelas." Carl Sagan
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