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Das lembranças da infância, aquela era a que mais o marcava. Tinha no máximo seis anos, mas recordava os detalhes daquele dia quando ainda moravam numa casa de fazenda, lá pelas bandas de Santana. Era ali, longe de quase tudo, que a mãe e o pai criaram os oito filhos. Foi ali que o irmãozinho mais novo caiu doente, deixando a mãe entristecida, pois já vira o primogênito padecer até findar numa tarde de chuva, para se nunca mais esquecer.
Naquele dia, os irmãos mais velhos já tinham ido para a escola e o pai fora à cidade na procura de um remédio para o irmão. Era meio da manhã quando a mãe pediu que segurasse um pouco o irmão mais novo. Ela precisava preparar o mingau. Ele sentou-se na sala de jantar, com as costas pregadas à parede e a mãe colocou a criança em seus braços. Sem muito jeito, acalentou o irmão como podia. Passou a mão na cabeça, balançou os braços para que ele pensasse que estava na rede. Sentiu que, aos poucos, o irmão estava ficando quietinho. Ficou contente, pois seu balanço estava dando certo. Foi quando olhou para o rosto do menino e viu um suspiro longo. Acalentou-o mais ainda. Quando a mãe apareceu na sala com o mingau do menino. Viu a cena e desabou a chorar. O filho mais novo acabara de morrer nos braços dele.
Aos seis anos, sentiu pela primeira vez a dor da perda no velório da criança. Lembrava do caixão azul coberto de flores que as moças da vizinhança tinham providenciado. Na cabeça, uma coroa brilhante feita de papel laminado que a tia confeccionou junto com as amigas. Lembrava dos olhos abertos do anjinho e não imaginava que iriam colocar areia no rosto descoberto, naquela cova rasa no cemitério da comunidade.
Por muitos dias, ficou por ali com medo de chegar perto da mãe. Sentia-se culpado por não ter podido segurar também a vida do menino. Será que poderia ter feito alguma coisa? Será que deveria ter chamado a mãe? Alguns dias mais tarde, a mãe percebeu e disse que ele não poderia ter feito nada. Foi como Deus quis. Tinha de ser daquele jeito, pois o filho era tão bom que Jesus o havia chamado mais cedo para perto dele. As palavras não foram o suficiente. Aos longos dos anos, aquela cena jamais saiu da cabeça. Adulto não podia contar a história sem que chorasse. Quando a mãe se foi, sonhou que ela estava ao lado dos dois irmãos anjinhos. Foi um alento para o seu coração.
INDEPENDÊNCIA
MOBILIZAÇÃO PARA DETER DESERTIFICAÇÃO NOS INHAMUNS
Representantes de três municípios dos Inhamuns, Arneiroz, Independência e Tauá, participam na próxima terça-feira, dia 12, em Independência, de uma oficina de mobilização do zoneamento ecológico da área susceptível à desertificação da região. A Funceme participa. Na foto, espécies do Semiário brasileiro.QUIXADÁ
AÇÃO PELA FALTA D´ÁGUA
A OAB Seção Sertão Central entrou com uma ação civil pública contra a Cagece de Quixadá. Segundo o presidente da entidade, Gladson Alves do Nascimento, a concessionária que distribui água na cidade precisa encontrar uma solução para o abastecimento de Quixadá, Na maioria dos bairros, o líquido só chega a cada 10 dias.”E,ás vezes,só durante a madrugada”,afirmou o advogado.
CRATO
ABERTURA DO BERRO CARIRI
Começa nesta sexta-feira o 8 º Berro Cariri, no Parque de exposição Pedro Felício Cavalcante, no Crato. Casa de farinha, engenho de rapadura e palestras estão no calendário do evento, que termina domingo. A entrada é um quilo de alimento não perecível e uma lata de leite. A organização é do promotor Francisco de Moura Leitão.
BARBALHA
FEIRA REÚNE AGRICULTORES FAMILIARES
A Feira de Economia do Cariri será realizada hoje e amanhã na rua do Vídeo, no Centro de Barbalha. Participam agricultores familiares de Araripe, Farias Brito, Crato, Juazeiro do Norte e Várzea Alegre. A organização é do presidente da Cooperativa de Crédito do Cariri, Expedito Guedes da Silva, em parceria com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais e municípios.ARACATI
CANOA QUEBRADA CELEBRA NATAL DE LUZ
Será realizado de 16 deste mês a 6 de janeiro, na praia de Canoa Quebrada, em Aracati, o IV Canoa de Luz. Na programação, oficina de arte para crianças e jovens com temáticas natalinas, montagem de decoração de Natal a partir dos saberes de artistas e artesãos locais, além de apresentação de grupos populares envolvendo auto de Natal. A promoção é da Associação dos Empreendedores de Canoa Quebrada.
EM ALTA
PADRE JOÃO Batista Frota, que recebe hoje, em Brasília, Prêmio Nacional de Direitos Humanos.
EM BAIXA
PAREDÕES de som, que infernizam a vida de pequenas cidades no Interior.
Erro ao renderizar o portlet: Caixa Jornal De Hoje
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