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Jornal O POVO, 26/10/1948
" A literatura é a própria vida. Logo, para que exista uma verdadeira literatura, preciso se faz que mande a vida.
Poderia você me perguntar quem manda, é o sangue ou a vida? Si o sangue é vida, o mesmo acontecerá com a literatura e a vida.
Quando o poéta faz o seu poema, é vida que lhe sái da cabeça, é vida que está no seu ritmo, na sua imagem, na sua música. A vida estará no romance de Tolstoi como á carne e a alma da sua personalidade.
Uma vez, Oscar Wilde sustentou que a vida imita a arte. Não. O que há na arte é vida, é a substancia eterna do homem. Si uma mulher copía a trágica Ema Bovary é porque na criatura de Flaubert havia uma condição de viver a se imitar. Ema era uma fórma de viver, uma natureza tão humana quanto a outra mulher que se aproximou da sua realidade.
Não foi atôa, alias, que Goethe estabeleceu a sua arte de criador no binomio Poesia e Realidade".
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